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Atos dos Apóstolos
até o século 19] têm os judeus vagueado de terra em terra através
do mundo, e em nenhum lugar tem-se-lhes dado o privilégio de
recuperarem o antigo prestígio como nação. Odiados e perseguidos,
de século em século sua herança tem sido de sofrimento.
Muito embora a tremenda sentença pronunciada sobre os judeus
como nação ao tempo da rejeição de Jesus de Nazaré, por parte deles,
tem havido de século em século muitos judeus nobres, homens e
mulheres, tementes a Deus, os quais têm sofrido em silêncio. Deus
tem confortado seus corações em aflição, e tem contemplado com
piedade sua terrível situação. Tem ouvido as agonizantes orações dos
que de todo o coração O têm buscado para uma justa compreensão
de Sua Palavra. Alguns têm aprendido a ver no humilde Nazareno
a quem seus antepassados rejeitaram e crucificaram, o verdadeiro
Messias de Israel. Ao alcançar sua mente o significado das familiares
profecias há muito obscurecidas pela tradição e errada interpretação,
seu coração se tem enchido de gratidão a Deus pelo dom inaudito
que Ele outorga a todo ser humano que decide aceitar a Cristo como
Salvador pessoal.
É a essa classe que Isaías se refere em sua profecia: “O rema-
nescente é que será salvo”.
Isaías 10:22, 23
. Desde os dias de Paulo
até o presente, Deus pelo Seu Espírito Santo tem estado a chamar
tanto a judeus como a gentios. “Deus não faz acepção de pessoas”
(
Romanos 2:11
), declarou Paulo. O apóstolo considerava-se devedor
“tanto a gregos como a bárbaros”, bem como a judeus; mas jamais
perdeu ele de vista as decididas vantagens que os judeus haviam pos-
suído sobre outros, “primeiramente”, porque “as palavras de Deus
lhe foram confiadas”.
Romanos 3:2
. “O evangelho”, declarou, “é o
poder de Deus para salvação de todo aquele que crê; primeiro do
judeu, e também do grego. Porque nele se descobre a justiça de Deus
de fé em fé, como está escrito: Mas o justo viverá da fé”.
Romanos
1:16, 17
. É desse evangelho de Cristo, igualmente eficaz a judeus
e gentios, que Paulo em sua epístola aos romanos declara não se
envergonhar.
Quando esse evangelho for apresentado em sua plenitude aos
judeus, muitos aceitarão a Cristo como o Messias. Entre os ministros
cristãos há poucos que se sentem chamados a trabalhar pelo povo
judeu; mas aos que têm sido passados por alto, bem como a todos