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Atos dos Apóstolos
navegam contigo. Portanto, senhores, tende bom ânimo! Pois eu
confio em Deus que sucederá do modo por que me foi dito. Porém é
necessário que vamos dar a uma ilha”.
Atos dos Apóstolos 27:21-26
.
Após essas palavras, reviveu a esperança. Passageiros e tripulan-
tes se ergueram de sua apatia. Havia muito, ainda, a ser feito, e cada
esforço e capacidade deviam ser exercitados para evitar a destruição.
Foi na décima quarta noite de arremesso sobre as ondas negras e
encapeladas que “lá pela meia-noite”, ouvindo som característico,
“suspeitaram os marinheiros que estavam próximos de alguma terra.
E, lançando prumo, acharam vinte braças; e, passando um pouco
mais adiante, tornando a lançar o prumo, acharam quinze braças.
E, temendo”, escreve Lucas, “ir dar em alguns rochedos, lançaram
da popa quatro âncoras, desejando que viesse o dia”.
Atos dos
Apóstolos 27:27-29
.
Ao raiar do dia os contornos da costa tempestuosa eram vaga-
mente visíveis, mas não se viam quaisquer sinais de terra familiar.
Tão sombria era a perspectiva que os marinheiros pagãos, perdendo
toda a coragem, procuravam “fugir do navio”, e fazendo preparativos
dissimulados para “lançar as âncoras pela proa”, tinham já lançado o
bote salva-vidas, quando Paulo, percebendo seu baixo intento, disse
ao centurião e aos soldados: “Se estes não ficarem no navio, não
podereis salvar-vos” Os soldados imediatamente “cortaram os cabos
do batel, e o deixaram cair” no mar.
A hora mais crítica estava ainda diante deles. De novo o após-
tolo disse palavras de encorajamento, e exortou a todos, soldados e
passageiros, para que tomassem algum alimento, dizendo: “E já hoje
o décimo quarto dia que esperais, e permaneceis sem comer, não
havendo provado nada. Portanto, exorto-vos a que comais alguma
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coisa, pois é para a vossa saúde; porque nem um cabelo cairá da
cabeça de qualquer de vós”.
Atos dos Apóstolos 27:30-34
.
“E, havendo dito isto, tomando o pão, deu graças a Deus na
presença de todos; e, partindo-o, começou a comer” Então, aquele
exausto e desencorajado grupo de duzentas e setenta e cinco almas
que, não fora Paulo, ter-se-ia desesperado, uniu-se ao apóstolo em
partilhar do “alimento. E, refeitos com a comida, aliviaram o navio,
lançando o trigo ao mar”.
Atos dos Apóstolos 27:35-38
.
A luz do dia tinha agora rompido plenamente, mas eles nada
podiam ver que lhes determinasse o lugar em que estavam. “Enxer-