Carta de Roma
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do mundo e não segundo Cristo; porque nEle habita corporalmente
toda a plenitude da divindade. E estais perfeitos nEle, que é a cabeça
de todo principado e potestade”.
Colossences 2:4, 6-10
.
Cristo predisse que se levantariam enganadores, por cuja influên-
cia faria transbordar a iniqüidade e esfriaria o “amor de muitos”.
Mateus 24:12
. Advertiu os discípulos de que a igreja se encontraria
em maior perigo por motivo desse mal, do que pela perseguição
movida por seus inimigos. Vezes e mais vezes Paulo advertiu os
crentes contra esses falsos ensinadores. Contra esse perigo, acima de
qualquer outro, deviam eles precaver-se; pois que, recebendo falsos
ensinadores, abririam a porta aos erros mediante o que o inimigo
turbaria as percepções espirituais e abalaria a confiança dos recém-
conversos à fé do evangelho. Cristo era a norma pela qual deviam
eles testar as doutrinas apresentadas. Tudo o que não estivesse em
harmonia com Seus ensinos devia ser rejeitado. Cristo crucificado
pelo pecado, Cristo ressurgido dos mortos, Cristo assunto ao Céu —
essa era a ciência da salvação que eles deviam aprender e ensinar.
As advertências da Palavra de Deus com respeito aos perigos
que rodeiam a igreja cristã pertencem a nós hoje. Como nos dias dos
apóstolos, os homens procuravam destruir a fé nas Escrituras pelas
tradições e filosofias, assim hoje, pelos aprazíveis sentimentos da
“alta crítica”, evolução, espiritismo, teosofia e panteísmo, o inimigo
da justiça está procurando levar as pessoas para caminhos proibidos.
Para muitos, a Bíblia é uma lâmpada sem óleo, porque voltaram a
mente para canais de crenças especulativas que produzem má com-
preensão e confusão. A obra da “alta crítica”, em dissecar, conjeturar
e reconstruir está destruindo a fé na Bíblia como uma revelação di-
vina. Está roubando a Palavra de Deus em seu poder de controlar,
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erguer e inspirar vidas humanas. Pelo espiritismo, multidões são
ensinadas a crer que o desejo é a mais alta lei, que licenciosidade é
liberdade, e que o homem deve prestar contas apenas a si mesmo.
O seguidor de Cristo enfrentará “palavras persuasivas” (
Colos-
sences 2:4
), contra as quais o apóstolo advertiu os crentes colos-
senses. Enfrentará interpretações espiritualistas das Escrituras, mas
não as deve aceitar. Sua voz deve ser ouvida na clara afirmação
das verdades eternas das Escrituras. Conservando os olhos fixos em
Cristo, deve avançar com firmeza no caminho estabelecido, rejei-
tando todas as idéias que não estejam em harmonia com os Seus