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Atos dos Apóstolos
verdadeiro amor é demasiado puro para acobertar um pecado não
confessado. Conquanto devamos amar as pessoas por quem Cristo
morreu, não nos devemos comprometer com o mal. Não podemos
nos unir aos rebeldes e chamar a isso amor. Deus requer de Seu povo
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nesta fase do mundo que permaneça firme pelo direito, tanto quanto
João em oposição aos erros que arruínam as pessoas.
O apóstolo ensina que embora devamos manifestar cortesia
cristã, estamos autorizados a tratar em termos claros com o pecado
e os pecadores; que isso não está em desarmonia com o verdadeiro
amor. “Qualquer que comete pecado”, escreveu ele, “também comete
iniqüidade; porque o pecado é iniqüidade. E bem sabeis que Ele
Se manifestou para tirar os nossos pecados; e nEle não há pecado.
Qualquer que permanece nEle não peca; qualquer que peca não O
viu nem O conheceu”.
1 João 3:4-6
.
Como testemunha de Cristo, João não se empenhou em contro-
vérsia nem em debates inúteis. Declarou o que sabia, o que tinha
visto e ouvido. Havia estado intimamente relacionado com Cristo,
tinha-Lhe ouvido os ensinos, testemunhado Seus poderosos milagres.
Poucos puderam, como João, ver as belezas do caráter de Cristo.
Para ele, as trevas tinham passado; brilhava a verdadeira luz. Seu
testemunho com respeito à vida e morte do Salvador era claro e
penetrante. Da abundância que havia no coração brotava o amor
pelo Salvador enquanto ele falava; e poder algum lhe podia impedir
as palavras.
“O que era desde o princípio”, declarou, “o que ouvimos, o que
vimos com os nossos olhos, o que temos contemplado, e as nossas
mãos tocaram da Palavra da vida; [...] o que vimos e ouvimos, isso
vos anunciamos, para que também tenhais comunhão conosco; e a
nossa comunhão é com o Pai, e com Seu Filho Jesus Cristo”.
1 João
1:1, 3
.
Assim pode estar todo verdadeiro crente habilitado, através de
sua própria experiência, a confirmar “que Deus é verdadeiro”.
João
3:33
. Pode dar testemunho daquilo que viu, ouviu e sentiu do poder
de Cristo.
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