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Atos dos Apóstolos
vos desviasse, a cada um, das vossas maldades”.
Atos dos Apóstolos
3:25, 26
.
Assim os discípulos pregaram a ressurreição de Cristo. Muitos
entre os que os ouviam estavam esperando por este testemunho e,
quando o ouviram, creram. Vieram-lhes à mente as palavras que
Cristo havia dito, e tomaram posição ao lado dos que aceitaram
o evangelho. A semente que o Salvador havia plantado brotava e
produzia frutos.
Enquanto os discípulos falavam ao povo, “sobrevieram os sa-
cerdotes, e o capitão do templo, e os saduceus, doendo-se muito de
que ensinassem o povo, e anunciassem em Jesus a ressurreição dos
mortos”.
Atos dos Apóstolos 4:1, 2
.
Após a ressurreição de Cristo, os sacerdotes tinham espalhado
longe e perto a mentira de que Seu corpo tinha sido roubado pelos
discípulos enquanto a guarda romana dormia. Não é de admirar que
tenham ficado descontentes quando ouviram Pedro e João pregar
a ressurreição dAquele que haviam matado. Os saduceus, especi-
almente, estavam sobremodo alvoroçados. Sentiam que suas mais
acariciadas doutrinas estavam em perigo e sua reputação em risco.
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Os conversos à nova fé estavam rapidamente aumentando, e
tanto fariseus como saduceus concordaram em que, se permitissem a
esses novos ensinadores prosseguir livremente, sua própria influência
estaria em maior perigo do que quando Jesus estava na Terra. Em
conformidade com isso, o capitão do templo, com auxílio de alguns
dos saduceus, deteve Pedro e João, e os pôs na prisão, visto ser muito
tarde para os interrogar naquele dia.
Os inimigos dos discípulos não podiam deixar de estar conven-
cidos de que Cristo ressuscitara dos mortos. A prova era por demais
clara para que fosse posta em dúvida. Não obstante, endureceram
o coração, recusando arrepender-se da terrível ação que haviam co-
metido, matando Jesus. Haviam sido dadas aos príncipes judeus
abundantes evidências de que os apóstolos estavam falando e agindo
sob a divina inspiração, mas eles firmemente resistiram à mensagem
da verdade. Cristo não tinha vindo da maneira como esperavam e,
embora, às vezes, tivessem estado convictos de que Ele era o Filho
de Deus, fizeram calar a convicção e O crucificaram. Por misericór-
dia, Deus lhes deu novas provas, e agora outra oportunidade era-lhes
concedida para voltarem a Ele. Ele enviou os discípulos para dizer-