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Capítulo 14 — No quarto do doente
Os que tratam dos doentes devem compreender a importância
da cuidadosa atenção às leis da saúde. Em parte alguma tem mais
importância a obediência a estas leis do que no quarto do enfermo.
Em caso nenhum a fidelidade às pequenas coisas, da parte dos
assistentes, tem maiores conseqüências. Em casos de doença grave,
a menor negligência, a mais ligeira falta de atenção às necessidades
especiais ou perigos particulares do enfermo, toda a manifestação de
temor, agitação ou impaciência, até uma falta de simpatia, pode fazer
pender o fiel da balança que oscila entre a vida e a morte, e causar
a descida à sepultura de um doente que de outra forma poderia ter
sido curado.
A eficiência da enfermeira depende em grande parte do seu
vigor físico. Quanto mais saudável, robusta, tanto mais estará apta a
suportar a fadiga no tratamento do enfermo e a cumprir com bom
êxito os seus deveres. Os que cuidam dos doentes devem prestar
particular atenção ao regime alimentar, limpeza, ar puro e exercício.
Precauções especiais da parte da família lhe permitirão também
suportar as fadigas suplementares trazidas sobre ela e a auxiliar a
evitar o contágio da doença.
Quando a doença é grave e exige dia e noite a presença da
enfermeira, o trabalho deve ser partilhado ao menos por duas enfer-
meiras competentes, de forma que cada uma tenha a oportunidade
de descansar e de fazer exercício ao ar livre. Isso é particularmente
importante nos casos em que seja difícil assegurar abundância de
ar puro no quarto do doente. Devido à falta de conhecimento da
importância do ar puro, limita-se por vezes a ventilação, ficando com
freqüência em perigo a vida do doente, como a dos que o tratam.
Se forem observadas precauções convenientes, não há necessi-
dade de que doenças não contagiosas sejam contraídas por outros.
Que os hábitos sejam corrigidos, e pelo asseio e ventilação conveni-
ente guarde-se o quarto do doente livre de elementos venenosos. Em
tais condições, o enfermo tem muito mais probabilidades de cura, e
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