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Capítulo 17 — A cura mental
Muito íntima é a relação que existe entre a mente e o corpo.
Quando um é afetado, o outro se ressente. O estado da mente atua
muito mais na saúde do que muitos julgam. Muitas das doenças
sofridas pelos homens são resultado de depressão mental. Desgosto,
ansiedade, descontentamento, remorso, culpa, desconfiança, todos
tendem a consumir as forças vitais, e a convidar a decadência e a
morte.
A doença é muitas vezes produzida, e com freqüência grande-
mente agravada pela imaginação. Muitos que atravessam a vida
como inválidos poderiam ser sãos, se tão-somente assim o pen-
sassem. Muitos julgam que a mais leve exposição lhes ocasionará
doença, e produzem-se os maus efeitos exatamente porque são espe-
rados. Muitos morrem de doença de origem inteiramente imaginária.
O ânimo, a esperança, a fé, a simpatia e o amor promovem a
saúde e prolongam a vida. Um espírito contente, animoso, é saúde
para o corpo e força para a alma. “O coração alegre serve de bom
remédio”.
Provérbios 17:22
.
No tratamento do enfermo não se deveria esquecer o efeito da
influência mental. Devidamente usada, essa influência proporciona
um dos mais eficazes meios de combater a doença.
O domínio da mente
— Uma forma de cura mental existe,
entretanto, que é um dos mais eficazes meios para o mal. Mediante
essa chamada ciência, a mente de uns é submetida ao domínio de
uma outra, de modo que a individualidade do mais fraco imerge
na do espírito mais forte. Uma pessoa executa a vontade de outra.
Pretende-se assim poder mudar o curso dos pensamentos, comunicar
impulsos que promovem a saúde, e habilitar o doente a resistir e
vencer a doença.
Esse método de cura tem sido empregado por pessoas que ig-
noravam sua natureza e tendências reais, e que acreditavam ser ele
um modo de beneficiar os doentes. Mas a assim chamada ciência
baseia-se em falsos princípios. É estranha à natureza e princípios de
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