Página 119 - A Ci

Basic HTML Version

A cura mental
115
deve dirigi-lo Àquele que é capaz de salvar perfeitamente a todos
quantos a Ele se chegam. Aquele que fez a mente do homem sabe
o que ela necessita. Unicamente Deus é quem pode curar. Aqueles
que se acham doentes da mente e do corpo têm de ver em Cristo o
restaurador. “Porque Eu vivo”, diz Ele, “vós vivereis”.
João 14:19
.
Esta é a vida que nos cumpre apresentar aos doentes, dizendo-lhes
que, se tiverem fé em Cristo como restaurador, se com Ele coopera-
rem, obedecendo às leis da saúde, e se esforçando por aperfeiçoar
a santidade em Seu temor, Ele lhes comunicará Sua vida. Quando
por essa maneira lhes apresentamos a Cristo, estamos transmitindo
um poder e uma força de valor, porquanto vêm de cima. Esta é a
verdadeira ciência da cura do corpo e da alma.
Simpatia
— Grande sabedoria é necessária no trato das doenças
produzidas pela mente. Um coração dolorido, enfermo, um espírito
desalentado, requerem um brando tratamento. Muitas vezes um
[98]
problema doméstico está, como um câncer, corroendo até à própria
alma, e enfraquecendo as forças vitais. Outras ocasiões é o caso
do remorso pelo pecado minando o organismo e desequilibrando a
mente. É mediante uma terna simpatia que esta classe de doentes
pode ser beneficiada. O médico deve conquistar-lhes primeiro a
confiança, encaminhando-os depois ao grande Restaurador. Se sua
fé pode ser dirigida para o verdadeiro médico, e são capazes de
confiar em que lhes tomou o caso nas mãos, isso trará alívio ao
espírito, dando muitas vezes saúde ao corpo.
A simpatia e o tato se demonstrarão freqüentemente um maior
benefício ao enfermo do que o mais hábil tratamento executado de
modo frio, indiferente. Quando um médico se aproxima do leito de
um doente com uma maneira desatenta e negligente, olha para o
aflito com pouco interesse, dando por palavras ou atos a impressão
de que o caso não requer muito cuidado, para deixar em seguida o
paciente entregue a suas reflexões, esse médico causou ao doente
positivo dano. A dúvida e o desânimo produzidos por sua indife-
rença neutralizarão muitas vezes o bom efeito dos remédios por ele
prescritos.
Se os médicos se colocassem no lugar daquele cujo espírito se
acha humilhado e cuja vontade está enfraquecida pelo sofrimento,
que anela palavras de simpatia e segurança, estariam mais prepara-
dos para apreciar seus sentimentos. Quando o amor e a compaixão