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Capítulo 2 — Com a natureza e com Deus
A vida do Salvador na Terra foi de comunhão com a natureza e
com Deus. Nessa comunhão, Ele revelou-nos o segredo de uma vida
de poder.
Jesus era trabalhador fervoroso e constante. Jamais existiu entre
os homens alguém tão carregado de responsabilidades. Jamais outro
conduziu tão pesado fardo das dores e pecados do mundo. Jamais
outro labutou com um zelo tão consumidor de si próprio, pelo bem
dos homens. Todavia, teve uma vida saudável. Física bem como
espiritualmente, Ele era representado pelo cordeiro sacrifical, “ima-
culado e incontaminado”.
1 Pedro 1:19
. No corpo e na alma, era um
exemplo do que Deus designava que fosse toda a humanidade por
meio da obediência a Suas leis.
Quando se olhava para Jesus, via-se um rosto em que a divina
compaixão se misturava com um poder consciente. Ele parecia
circundado de uma atmosfera de vida espiritual. Suas maneiras eram
suaves e despretensiosas, mas Ele impressionava as pessoas com
um senso de poder que, embora oculto, não podia ser inteiramente
dissimulado.
Durante Seu ministério, Ele foi continuamente perseguido por
homens astutos e hipócritas, que Lhe buscavam a vida. Espias anda-
vam nos Seus passos, espreitando-Lhe as palavras, para encontrar
ocasião contra Ele. Os mais argutos e cultos espíritos da nação bus-
cavam derrotá-Lo em debate. Nunca, porém, puderam conseguir
qualquer vantagem. Tinham de retirar-se do campo, confundidos e
envergonhados pelo humilde Mestre da Galiléia. O ensino de Cristo
possuía uma novidade e um poder que os homens nunca tinham
conhecido antes. Seus próprios inimigos eram forçados a confessar:
“Nunca homem algum falou assim como este homem”.
João 7:46
.
A infância de Jesus, passada na pobreza, não fora contaminada
pelos hábitos artificiais de uma era corrupta. Trabalhando ao banco
de carpinteiro, desempenhando as responsabilidades da vida domés-
tica, aprendendo as lições da obediência e da labuta, encontrava
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