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A Ciência do Bom Viver
Sob essa guia, receba a jovem como companheiro vitalício tão-
somente ao que possua traços de caráter puros e varonis, que seja
diligente, honesto e tenha aspirações, que ame e tema a Deus. Pro-
cure o jovem, para lhe ficar ao lado, aquela que esteja habilitada
a assumir a devida parte dos encargos da vida, cuja influência o
enobreça e refine, fazendo-o feliz com seu amor.
“Do Senhor vem a mulher prudente”.
Provérbios 19:14
. “O
coração do seu marido está nela confiado. [...] Ela lhe faz bem e não
mal, todos os dias da sua vida. Abre a boca com sabedoria, e a lei
da beneficência está na sua língua. Olha pelo governo de sua casa e
não come o pão da preguiça. Levantam-se seus filhos, e chamam-na
bem-aventurada; como também seu marido, que a louva, dizendo:
Muitas filhas agiram virtuosamente, mas tu a todas és superior”.
Provérbios 31:11, 12, 26-29
. O que consegue tal esposa “acha uma
coisa boa e alcançou a benevolência do Senhor”.
Provérbios 18:22
.
Por mais cuidadosa e sabiamente que se tenha entrado no ca-
samento, poucos casais se encontram completamente unidos ao
realizar-se a cerimônia matrimonial. A real união dos dois em ma-
trimônio é obra dos anos subseqüentes.
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Quando o casal passa a enfrentar vida com sua carga de perplexi-
dade e dificuldades desaparece o romance com o qual tantas vezes a
imaginação reveste o casamento. Marido e mulher ficam conhecendo
mutuamente o caráter, como não lhes era possível conhecê-lo em
sua associação anterior. E este é um período realmente crítico de sua
vida. A felicidade e utilidade de toda a sua vida futura dependem
de seguirem agora o devido procedimento. Muitas vezes descobrem
no outro fraquezas e defeitos insuspeitáveis; mas os corações que o
amor uniu descobrirão também excelências até então desconhecidas.
Que todos procurem descobrir as virtudes e não os defeitos. Muitas
vezes é nossa própria atitude, a atmosfera que nos rodeia, o que de-
termina aquilo que o outro nos revelará. Muitos há que consideram
a expressão de amor como uma fraqueza, e mantêm uma reserva
que repele aos outros. Este espírito detém a corrente de simpatia.
Sendo reprimidos os generosos impulsos sociais, eles mirram, e o
coração torna-se desolado e frio. Devemos precaver-nos contra este
erro. O amor não pode existir por muito tempo sem se exprimir. Não
permitais que o coração do que se acha ligado convosco pereça à
míngua de bondade e simpatia.