Página 199 - A Ci

Basic HTML Version

A mãe
195
ansiedade e tristeza, seus filhos ficam carentes da força vital, da
elasticidade mental e da jovialidade que poderiam herdar. Muito
melhor seria tornar a vida da mãe feliz e contente, pô-la ao abrigo
de necessidades, trabalho fatigante e deprimentes cuidados, fazendo
com que os filhos herdem boa constituição, e possam abrir caminho
na vida por suas próprias forças e energias.
Grande é a responsabilidade posta sobre pais e mães, e a honra
a eles conferida nesse fato de que devem ocupar o lugar de Deus
para com os filhos. Seu caráter, vida diária e métodos de educação
serão para os pequeninos a interpretação das palavras de Deus. Sua
influência há de atrair ou alienar a confiança dos pequeninos seres
nas promessas divinas.
O privilégio dos pais na educação dos filhos
— Felizes os
pais cuja vida é um verdadeiro reflexo da divina, de modo que as
promessas e mandamentos de Deus despertem na criança gratidão e
reverência; os pais cuja ternura, justiça e longanimidade representam
para a criança a longanimidade, a justiça e o amor de Deus; e que, ao
ensinarem o filho a amá-los, a neles confiar e obedecer-lhes, estão
ensinando-o a amar o Pai do Céu, a nEle confiar e obedecer-Lhe.
Os pais que comunicam ao filho semelhante dom, dotam-no com
um tesouro mais precioso que a riqueza de todos os séculos — um
tesouro perdurável como a eternidade.
Nos filhos confiados aos seus cuidados, tem cada mãe um sa-
grado encargo de Deus. “Toma este filho, esta filha”, diz Ele; “educa-
o para Mim; forma-lhe um caráter polido como um palácio, a fim de
[164]
que brilhe nas cortes do Senhor para sempre.”
O trabalho da mãe muitas vezes se afigura, aos seus próprios
olhos, sem importância. Raras vezes é apreciado. Pouco sabem os
outros de seus muitos cuidados e encargos. Seus dias são ocupa-
dos com uma série de pequeninos deveres, exigindo todos paciente
esforço, domínio de si mesma, tato, sabedoria e abnegado amor; toda-
via, ela não pode se vangloriar do que fez como de algum importante
feito. Fez apenas com que tudo corresse suavemente no lar; muitas
vezes fatigada e perplexa, esforçou-se por falar bondosamente às
crianças, mantê-las ocupadas e satisfeitas, guiar os pequeninos pés
no caminho reto. Sente que nada fez. Assim não é, entretanto. Anjos
do Céu observam a mãe, fatigada de cuidados, notando suas res-