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              A Ciência do Bom Viver
            
            
              dará vigor espiritual; estarão assim preparados para ajudar a todas
            
            
              as classes de gente.
            
            
              A literatura sensacionalista
            
            
              — Muitas das publicações hoje
            
            
              se acham repletas de histórias sensacionais, que estão educando
            
            
              os jovens na impiedade, e conduzindo-os ao caminho da perdição.
            
            
              Muitas crianças na idade são velhos no conhecimento do crime. São
            
            
              incitadas ao mal pelos contos que lêem. Ensaiam, na imaginação, os
            
            
              atos descritos, até que se lhes desperta a ambição de ver de que são
            
            
              capazes quanto a cometer crimes e escapar à pena.
            
            
              Para a viva imaginação das crianças e jovens, as cenas descri-
            
            
              tas em imaginárias revelações do futuro são realidades. Ao serem
            
            
              preditas revoluções e descrita toda forma de acontecimentos que
            
            
              derribam as barreiras da lei e da restrição ao próprio eu, muitos se
            
            
              possuem do espírito dessas imaginações. São levados à prática de
            
            
              crimes ainda piores, se possível, que os descritos por esses escritores
            
            
              sensacionalistas. Mediante influências assim a sociedade está se des-
            
            
              moralizando. As sementes da anarquia são amplamente difundidas.
            
            
              Ninguém se maravilhe se a colheita de crimes é o fruto.
            
            
              Obras de romance, frívolos e provocantes contos, pouco menos
            
            
              ruinosos são ao leitor. Talvez o autor professe ensinar uma lição de
            
            
              moral, pode entretecer na obra sentimentos religiosos; freqüente-
            
            
              [196]
            
            
              mente, porém, isso não serve senão para velar a loucura e a vileza
            
            
              que se acham no fundo.
            
            
              O mundo está inundado de livros repletos de erros sedutores. A
            
            
              juventude recebe como verdade aquilo que a Bíblia denuncia como
            
            
              falso, e amam e se apegam a enganos que importam em ruína para
            
            
              sua salvação.
            
            
              Há obras de ficção que foram escritas com o objetivo de ensinar
            
            
              verdades ou expor algum grande mal. Algumas dessas obras têm
            
            
              feito bem. Têm, por outro lado, operado indizível dano. Encerram
            
            
              declarações e descrições altamente elaboradas, que despertam a ima-
            
            
              ginação e suscitam uma corrente de pensamentos repleta de perigo,
            
            
              especialmente para os jovens. As cenas descritas são repetidamente
            
            
              vividas em sua imaginação. Tais leituras incapacitam a mente para a
            
            
              utilidade, tornando-a inapta para os exercícios espirituais. Destroem
            
            
              o interesse na Bíblia. As coisas celestiais pouco lugar encontram
            
            
              nos pensamentos. À medida que a mente se demora nas cenas de
            
            
              impureza descritas, desperta-se a paixão, e o fim é o pecado.