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Uma experiência elevada
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lei de Deus como representante de Seu povo, foi chamado ao monte
e contemplou a glória divina. Antes de executar justiça contra os
idólatras, esteve escondido na fenda da rocha, e o Senhor lhe disse:
“Eu [...] apregoarei o nome do Senhor diante de ti” (
Êxodo 33:19
),
“misericordioso e piedoso, tardio em iras e grande em beneficência
e verdade; [...] que ao culpado não tem por inocente”.
Êxodo 34:6,
7
. Antes de abandonar, com a sua vida, a missão de condutor de
Israel, chamou-o Deus ao cume do Pisga, e fez passar sob seus olhos
a glória da terra prometida.
Antes que os discípulos partissem para a sua missão, foram cha-
mados ao monte com Jesus. Antes do poder e glória do Pentecoste,
veio a noite de comunhão com o Salvador, o encontro num monte
da Galiléia, a cena de despedida sobre o Monte das Oliveiras, com a
promessa dos anjos, e os dias de oração e comunhão no cenáculo.
Quando Jesus Se preparava para alguma grande prova ou para
alguma obra importante, afastava-Se para a solidão dos montes, e
passava a noite orando a Seu Pai. Uma noite de oração precedeu a
consagração dos apóstolos e o sermão da montanha, a transfiguração,
a agonia da sala do juízo e da cruz, e a glória da ressurreição.
O privilégio da oração
— Nós também temos de ter um tempo
para a meditação e oração, e para receber conforto espiritual. Não
apreciamos como devíamos o poder e eficácia da oração. A oração
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e a fé farão o que nenhum poder da Terra conseguirá realizar. Ra-
ramente somos colocados duas vezes nas mesmas circunstâncias
sob todos os pontos de vista. Experimentamos continuamente novas
cenas e novas provas, onde a experiência passada não pode ser um
guia suficiente. Temos de ter a luz perene que vem de Deus.
Cristo envia sempre mensagens aos que estão atentos à Sua voz.
Na noite da agonia, no Getsêmani, os discípulos adormecidos não
ouviram a voz de Jesus. Tinham um sentimento obscuro da presença
dos anjos, mas não se deram conta do poder e glória da cena. Devido
ao seu torpor e sonolência, não receberam a evidência que lhes teria
fortalecido a alma para as terríveis cenas que ocorreriam. Hoje, da
mesma forma, os que têm mais necessidade da instrução divina não
a recebem, muitas vezes, porque não se põem em comunhão com o
Céu.
As tentações a que todos os dias estamos expostos fazem da
oração uma necessidade. Os perigos nos assaltam em todo caminho.