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A cooperação do divino com o humano
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ânimo. O toque de Cristo na mão do médico traz-lhe vitalidade,
calma, confiança e poder.
Tendo passado a salvo o momento da crise, e havendo pers-
pectiva de êxito, sejam alguns momentos dedicados a orar com o
paciente. Exprimi vosso reconhecimento pela vida que foi poupada.
Ao brotarem dos lábios do paciente palavras de gratidão para com o
médico, faça este que essa gratidão seja dirigida a Deus. Dizei-lhe
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que sua vida foi poupada porque ele se achava sob a proteção do
Médico celestial.
O médico que segue essa orientação está conduzindo o doente
para Aquele de quem depende a sua vida, Aquele que é capaz de
salvar plenamente todos quantos a Ele se chegam.
Na obra do médico-missionário deve-se introduzir um profundo
anseio por almas. Ao médico, da mesma maneira que ao pastor, é
confiado o mais precioso depósito que já se entregou ao homem.
Compreenda-o ele ou não, a todo médico é confiada a cura de almas.
Em sua obra de tratar com doença e morte, perdem os médicos
freqüentemente de vista as solenes realidades da vida futura. Em seu
ansioso esforço por afastar o perigo do corpo, esquecem o da alma.
Aquele a quem estão ministrando pode estar-se desprendendo dos
laços da vida. Estão-lhe fugindo as derradeiras oportunidades. Essa
pessoa, o médico há de encontrar de novo no tribunal de Cristo.
Perdemos muitas vezes as mais preciosas bênçãos por negligen-
ciar proferir uma palavra a seu tempo. Se não vigiarmos a áurea
oportunidade, esta se perderá. Ao pé do enfermo, não se deve dizer
nenhuma palavra relativa a credos ou pontos controvertidos. Que o
sofredor seja encaminhado Àquele que está disposto a salvar a todos
quantos a Ele vão ter com fé. Esforçai-vos zelosa e ternamente por
ajudar a alma que paira entre a vida e a morte.
O médico que sabe ser Cristo seu Salvador pessoal, porque ele
próprio foi conduzido ao Refúgio, sabe lidar com as almas trementes,
culpadas, enfermas de pecado, que para ele se volvem em busca de
auxílio. Sabe responder à pergunta: “Que é necessário que eu faça
para me salvar?”
Atos dos Apóstolos 16:30
. Pode contar a história do
amor do Redentor. Pode falar por experiência do poder do arrepen-
dimento e da fé. Em palavras simples e fervorosas, sabe apresentar a
Deus em oração as necessidades da alma, e animar o doente a pedir
também e aceitar a misericórdia do compassivo Salvador. Ao minis-