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A Ciência do Bom Viver
torna mais difícil a uma pessoa o discernir entre o bem e o mal, e daí
mais difícil resistir ao mal. Aumenta o perigo de fracasso e derrota.
“Os que correm no estádio, todos, na verdade, correm, mas um
só leva o prêmio.”
1 Coríntios 9:24
. Na luta em que nos achamos
empenhados podem ganhar todos quantos se disciplinam a si mes-
mos pela obediência aos retos princípios. A prática desses princípios
nos detalhes da vida é demasiado freqüente considerada como sem
importância — coisa muito trivial para exigir atenção. Mas em vista
das conseqüências em jogo coisa alguma daquilo com que temos
de tratar é insignificante. Toda ação lança seu peso na balança que
determina a vitória ou a derrota da vida. O texto nos manda: “Correi
de tal maneira que o alcanceis.”
1 Coríntios 9:24
.
Quanto a nossos primeiros pais, o desejo imoderado trouxe em
resultado a perda do Éden. A temperança em todas as coisas tem
mais que ver com nossa restauração no Éden, do que os homens o
imaginam.
Indicando a renúncia praticada pelos competidores nos antigos
jogos gregos, escreve o apóstolo Paulo: “Todo aquele que luta de
tudo se abstém; eles o fazem para alcançar uma coroa corruptível,
nós, porém, uma incorruptível. Pois eu assim corro, não como a coisa
incerta; assim combato, não como batendo no ar. Antes, subjugo o
meu corpo e o reduzo à servidão, para que, pregando aos outros, eu
mesmo não venha dalguma maneira a ficar reprovado”.
1 Coríntios
9:25-27
.
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O progresso da reforma depende de um claro reconhecimento da
verdade fundamental. Ao passo que, de um lado, espreita o perigo
em uma estreita filosofia e numa rígida e fria ortodoxia, há, por outro
lado, maior perigo num descuidado liberalismo. O fundamento de
toda reforma estável é a Lei de Deus. Cumpre-nos apresentar em
linhas distintas e claras a necessidade de obedecer a essa lei. Seus
princípios devem ser mantidos perante o povo. Eles são tão eternos
e inexoráveis como o próprio Deus.
Um dos mais deploráveis efeitos da apostasia original foi a perda
do poder de domínio próprio por parte do homem. Unicamente à
medida que esse poder é reconquistado pode haver real progresso.
O corpo é o único agente pelo qual a mente e a alma se desen-
volvem para a edificação do caráter. Daí o adversário dirigir suas
tentações para o enfraquecimento e degradação das faculdades fí-