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Capítulo 10 — A obra em favor dos intemperantes
Toda verdadeira reforma tem seu lugar na obra do evangelho,
e tende ao reerguimento da alma a uma vida nova e mais nobre.
A obra da temperança, especialmente, requer o apoio dos obreiros
cristãos. Eles devem chamar a atenção para essa obra, tornando-a
objeto de vivo interesse. Por toda parte devem apresentar ao povo os
princípios da verdadeira temperança, e pedir assinaturas para o voto
da mesma. Fervorosos esforços se devem fazer em favor dos que se
acham escravizados aos maus hábitos.
Há por toda parte uma obra a ser feita por aqueles que caíram
devido à intemperança. Entre as igrejas, as instituições religiosas, e
lares supostamente cristãos, muitos jovens estão seguindo o caminho
da ruína. Por hábitos de intemperança, trazem sobre si mesmos a
enfermidade, e pela ganância de obter dinheiro para pecaminosas
transigências, caem em práticas desonestas. Arruínam a saúde e o
caráter. Alienados de Deus, rejeitados pela sociedade, essas pobres
pessoas se sentem sem esperança tanto para esta vida como para
outra, por vir. O coração dos pais fica quebrantado. As pessoas
falam desses extraviados como casos sem esperança; assim não os
considera Deus. Ele compreende todas as circunstâncias que os têm
tornado o que são, e os contempla com piedade. Essa é uma classe
que demanda auxílio. Nunca lhes deis ocasião de dizer: “Ninguém
se importa comigo.”
Acham-se entre as vítimas da intemperança indivíduos de to-
das as classes e profissões. Pessoas de elevada posição, de notáveis
talentos, de grandes realizações, têm cedido aos apetites a ponto
de se tornarem incapazes de resistir à tentação. Alguns, que eram
antes possuidores de fortuna, encontram-se sem lar, sem amigos,
em sofrimento e miséria, enfermidade e degradação. Perderam o
domínio de si mesmos. A menos que uma mão ajudadora lhes seja
estendida, hão de cair mais e mais baixo. Aliada a essa condescen-
dência consigo mesmo se acha, não somente um pecado moral, mas
uma doença física.
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