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              A Ciência do Bom Viver
            
            
              querem tornar homens. Deus os convida a despertar e, na força de
            
            
              Cristo, reconquistar a varonilidade que Deus lhes dera, e que foi
            
            
              sacrificada em pecaminosas condescendências.
            
            
              Sentindo o terrível poder da tentação, o arrastamento do desejo
            
            
              que leva à fraqueza, muito homem brada em desespero: “Não posso
            
            
              resistir ao mal.” Dizei-lhe que ele pode, que ele precisa resistir.
            
            
              Poderá haver sido derrotado uma e outra vez, mas não é necessário
            
            
              que seja sempre assim. Ele é fraco em força moral, dominado por
            
            
              hábitos de uma vida de pecado. Suas promessas e resoluções são
            
            
              como cordas de areia. A consciência das promessas não cumpridas e
            
            
              dos violados votos enfraquece-lhe a confiança na própria sinceridade,
            
            
              fazendo com que ele sinta que Deus não o pode aceitar, nem cooperar
            
            
              com os seus esforços. Não precisa, entretanto, desesperar.
            
            
              Os que põem em Cristo a confiança não devem ficar escravizados
            
            
              por nenhuma tendência ou hábito hereditário, ou cultivado. Em lugar
            
            
              de ficar subjugados em servidão à natureza inferior, devem reger
            
            
              todo apetite e paixão. Deus não nos deixou lutar com o mal em
            
            
              nossa própria, limitada força. Sejam quais forem nossas tendências
            
            
              herdadas ou cultivadas para o erro, podemos vencer, mediante o
            
            
              poder que Ele nos está disposto a comunicar.
            
            
              Decepções e perigos
            
            
              — Os que trabalham pelos caídos ficarão
            
            
              decepcionados com muitos que dão esperança de reforma. Muitos
            
            
              não farão senão uma superficial mudança em seus hábitos e maneiras
            
            
              de proceder. São movidos por impulso, e por algum tempo podem
            
            
              [65]
            
            
              parecer reformados; mas não há verdadeira mudança de coração.
            
            
              Acariciam o mesmo amor-próprio, têm a mesma sede de prazeres
            
            
              vãos, o mesmo desejo de satisfação própria. Não têm conhecimento
            
            
              da obra da formação do caráter, e não se pode confiar neles como
            
            
              homens de princípios. Rebaixaram suas faculdades mentais e espi-
            
            
              rituais pela satisfação do apetite e da paixão, o que os enfraquece.
            
            
              São inconstantes e mutáveis. Seus impulsos tendem à sensualidade.
            
            
              Essas pessoas são muitas vezes uma fonte de perigo para outros.
            
            
              Sendo considerados como homens e mulheres reformados, confiam-
            
            
              se-lhes responsabilidades, e são colocados em posições em que sua
            
            
              influência corrompe os inocentes.
            
            
              Mesmo os que estão buscando sinceramente reformar-se não se
            
            
              acham livres do perigo de cair. Precisam ser tratados com grande
            
            
              sabedoria e ternura. A tendência de lisonjear e exaltar os que foram