O desejo de ser bom
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do pão da vida. Ele requer apenas que cumpramos os deveres que
nos guiarão às alturas da bem-aventurança, às quais os desobedien-
tes jamais poderão alcançar. A verdadeira felicidade é ter Cristo, a
esperança de glória, no coração.
Muitos perguntam: “Como devo fazer a entrega do próprio eu a
Deus?” Você deseja entregar-se a Ele, mas não tem força moral, é
escravo da dúvida e controlado pelos hábitos da sua vida de pecado.
Suas promessas e resoluções são como palavras escritas na areia.
Você não consegue controlar os pensamentos, impulsos e afeições.
O conhecimento das suas promessas não cumpridas e dos votos
violados enfraquece sua confiança na própria sinceridade, fazendo
que você pense que Deus não pode aceitá-lo. Mas você não precisa
se desesperar. Só precisa compreender a verdadeira força da vontade.
Este é o poder que governa a natureza do homem: o poder de decidir,
escolher. Tudo depende da ação correta da vontade. O poder de
escolha que Deus deu ao ser humano deve ser exercitado. Você não
pode mudar o próprio coração, nem, por si mesmo, entregar suas
afeições para Deus; mas pode escolher servir a Deus. Você pode
dar-Lhe sua vontade. Ele então operará em você o querer e o fazer,
segundo Sua graça. Desse modo, toda sua natureza estará sob o
controle do Espírito de Cristo; suas afeições ficarão centralizadas
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nEle, e seus pensamentos estarão em harmonia com Ele.
É correto desejar ser bom e viver uma vida santificada. Mas
nada disso tem valor se ficar apenas no desejo. Muitos se perderão
enquanto esperam e desejam ser cristãos. Eles não chegam ao ponto
de entregar sua vontade a Deus. Não escolhem agora ser cristãos.
Através do correto exercício da vontade, uma transformação
completa pode ocorrer em sua vida. Entregando a vontade a Cristo,
você se une com o poder que está acima de todos os outros. Obterá
força do alto para permanecer firme e, pela constante entrega a Deus,
será capacitado para viver a nova vida, a vida da fé.
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