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O Desejado de Todas as Nações
tirado o esposo, e então jejuarão”.
Mateus 9:15
. Quando vissem seu
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Senhor traído e crucificado, os discípulos se afligiriam e jejuariam.
Nas últimas palavras que lhes dirigia no cenáculo, dissera: “Um
pouco e não Me vereis; e outra vez um pouco, e ver-Me-eis.” “Na
verdade, na verdade vos digo que vós chorareis e vos lamentareis, e
o mundo se alegrará, e vós estareis tristes; mas a vossa tristeza se
converterá em alegria”.
João 16:19, 20
.
Quando Ele ressurgisse do sepulcro, a tristeza deles se conver-
teria em alegria. Depois de Sua ascensão devia estar pessoalmente
ausente; mas por meio do Consolador, achar-Se-ia ainda com eles, e
não deviam passar o tempo em lamentações. Isso era o que Satanás
queria. Desejava que dessem ao mundo a impressão de haver sido
iludidos e decepcionados; mas deviam, pela fé, contemplar o santuá-
rio em cima, onde Jesus estava ministrando em favor deles; deviam
abrir o coração ao Espírito Santo, Seu representante, e regozijar-se
na luz de Sua presença. Todavia, sobreviriam dias de tentação e
prova, em que seriam postos em conflito com as autoridades do
mundo, e os chefes do reino das trevas; quando Cristo não estivesse
pessoalmente com eles, e deixassem de perceber o Consolador, então
seria mais próprio jejuarem.
Os fariseus procuravam exaltar-se pela rigorosa observância de
formas, ao passo que tinham o coração cheio de inveja e contenda.
“Eis”, diz a Escritura, “que jejuais para contendas e rixas e para
ferirdes com punho iníquo; jejuando assim como hoje, não se fará
ouvir a vossa voz no alto. Seria este o jejum que escolhi, que o
homem um dia aflija a sua alma, incline a sua cabeça como o junco
e estenda debaixo de si pano de saco e cinza? Chamarias tu a isto
jejum e dia aceitável ao Senhor?”
Isaías 58:4, 5
.
O verdadeiro jejum não é um serviço meramente formal. A Es-
critura descreve o jejum preferido por Deus: “que soltes as ligaduras
da impiedade, que desfaças as ataduras do jugo [...] que deixes livres
os quebrantados [ou oprimidos] e despedaces todo o jugo [...]” “abri-
res a tua alma ao faminto, e fartares a alma aflita”.
Isaías 58:6, 10
.
Aí se expõe o próprio espírito e caráter da obra de Cristo. Toda a Sua
vida foi um sacrifício pela salvação do mundo. Quer jejuando no
deserto da tentação, quer comendo com os publicanos no banquete
de Mateus, estava dando a vida pela redenção dos perdidos. Não em
ociosas lamentações, em simples humilhação do corpo e multidão de