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O Desejado de Todas as Nações
durarem, continuará o sábado como sinal do poder do Criador. E
quando o Éden florescer novamente na Terra, o santo e divino dia de
repouso será honrado por todos debaixo do Sol. “Desde um sábado
até ao outro”, os habitantes da glorificada nova Terra irão “adorar
perante Mim, diz o Senhor”.
Isaías 66:23
.
Nenhuma outra das instituições dadas aos judeus tendia a
distingui-los tão completamente das nações circunvizinhas, como
o sábado. Era intenção do Senhor que sua observância os desig-
nasse como adoradores Seus. Seria um sinal de sua separação da
idolatria, e ligação com o verdadeiro Deus. Mas a fim de santificar o
sábado, os homens precisam ser eles próprios santos. Devem, pela
fé, tornar-se participantes da justiça de Cristo. Quando foi dado a Is-
rael o mandamento: “Lembra-te do dia do sábado, para o santificar”
(
Êxodo 20:8
), o Senhor lhes disse também: “E ser-Me-eis homens
santos”.
Êxodo 22:31
. Só assim poderia o sábado distinguir Israel
como os adoradores de Deus.
Ao se apartarem os judeus do Senhor, e deixarem de tornar a jus-
tiça de Cristo sua pela fé, o sábado perdeu para eles sua significação.
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Satanás estava procurando exaltar-se e afastar os homens de Cristo,
e trabalhou para perverter o sábado, pois é o sinal do poder de Cristo.
Os guias judaicos cumpriram a vontade de Satanás, rodeando o di-
vino dia de repouso de enfadonhas exigências. Nos dias de Cristo,
tão pervertido se tornara o sábado, que sua observância refletia o ca-
ráter de homens egoístas e arbitrários, em lugar de o fazer ao caráter
do amorável Pai celeste. Virtualmente os rabis representavam a Deus
como dando leis que os homens não podiam obedecer. Levavam o
povo a olhar a Deus como tirano, e a pensar que a observância do
sábado, segundo Ele a exigia, tornava os homens duros de coração e
cruéis. Competia a Cristo a obra de esclarecer essas mal-entendidas
concepções. Embora os rabis O seguissem com impiedosa hostili-
dade, Ele nem sequer parecia conformar-Se com o que requeriam,
mas ia avante, guardando o sábado segundo a lei divina.
Um sábado, ao voltarem Jesus e os discípulos do local do culto,
passaram por uma seara madura. Jesus continuara Seu trabalho
até tarde e, ao passarem pelos campos, os discípulos começaram
a apanhar espigas e a comer os grãos depois de esfregá-los nas
mãos. Em qualquer outro dia, esse ato não teria despertado nenhum
comentário, pois uma pessoa que passasse por uma seara, ou pomar,