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O Desejado de Todas as Nações
que se faça no sábado no cumprimento dessa obra, está em harmonia
com a lei do sábado. Jesus coroou então Seu argumento, declarando-
Se “Senhor do sábado” — Alguém que estava acima de qualquer
dúvida, acima de toda lei. Esse eterno Juiz absolve de culpa os
discípulos, apelando para os próprios estatutos de cuja violação são
acusados.
Jesus não deixou passar a questão com uma simples repreensão
aos inimigos. Declarou que, em sua cegueira, se haviam enganado
quanto ao desígnio do sábado. Disse: “Se vós soubésseis o que
significa: Misericórdia quero, e não sacrifício, não condenaríeis
os inocentes”.
Mateus 12:7
. Os muitos ritos deles, destituídos de
coração, não podiam suprir a falta daquela verdadeira integridade e
terno amor que há de para sempre caracterizar o genuíno adorador
de Deus.
Cristo reiterou ainda a verdade de que os sacrifícios eram, em
si mesmos, destituídos de valor. Eram um meio, e não um fim. Seu
objetivo era dirigir os homens ao Salvador, levando-os assim em
harmonia com Deus. É o serviço de amor que Deus aprecia. Quando
falta esse, a mera rotina da cerimônia é-Lhe ofensiva. O mesmo
quanto ao sábado. Visava este pôr os homens em comunhão com
o Senhor; quando, porém, o espírito estava absorvido com enfado-
nhos ritos, o objetivo do sábado era contrariado. Sua observância
meramente exterior, era um escárnio.
Outro sábado, ao entrar Jesus na sinagoga, viu aí um homem
cuja mão era mirrada. Os fariseus O observavam, ansiosos de ver
o que faria. Bem sabia o Salvador que, curando no sábado, seria
considerado transgressor, mas não hesitou em derribar o muro das
exigências tradicionais que atravancavam o sábado. Jesus pediu ao
enfermo que se adiantasse, perguntando então: “É lícito no sábado
fazer bem, ou fazer mal? salvar a vida, ou matar?” Era uma máxima
entre os judeus que deixar de fazer o bem, havendo oportunidade para
isso, era fazer mal; negligenciar salvar a vida, era matar. Assim Jesus
os atacou com suas próprias armas. E eles calaram-se. “E, olhando
para eles em redor com indignação, condoendo-Se da dureza do seu
coração, disse ao homem: Estende a tua mão. E ele a estendeu, e
foi-lhe restituída a sua mão, sã como a outra”.
Marcos 3:4, 5
.
Quando interrogado: “É lícito curar no sábado?” Jesus respon-
deu: “Qual dentre vós será o homem que tendo uma ovelha, se num