Página 255 - O Desejado de Todas as Na

Basic HTML Version

O sermão da montanha
251
a tua iniqüidade: que contra o Senhor teu Deus transgrediste”; “e
não farei cair a Minha ira sobre vós; porque benigno sou, diz o
Senhor”.
Jeremias 3:13, 12
. “Acerca dos tristes de Sião” determinou
Ele dar-lhes “ornamento por cinza, óleo de gozo por tristeza, vestido
de louvor por espírito quebrantado”.
Isaías 61:3
.
E também para os que choram em provação e dor, existe conforto.
A amargura do desgosto e da humilhação é preferível às satisfações
do pecado. Por meio da aflição revela-nos Deus os lugares infeccio-
nados em nosso caráter, para que, por Sua graça, possamos vencer
nossas faltas. Desconhecidos capítulos que nos dizem respeito são-
nos patenteados, e sobrevém a prova, a ver se aceitamos a repreensão
e o conselho de Deus. Quando provados, não nos devemos afligir
e impacientar. Não nos devemos rebelar, ou buscar fugir à mão de
Cristo. O correto é humilhar o coração perante Deus. Os caminhos
do Senhor são obscuros ao que procura ver as coisas sob um aspecto
agradável para si mesmo. Afiguram-se sombrios e destituídos de
alegria à nossa natureza humana. Mas os caminhos do Senhor são
de misericórdia, e o fim é salvação. Elias não sabia o que estava fa-
zendo quando disse, no deserto que bastava de viver, e orou pedindo
a morte. O Senhor, em Sua misericórdia, não lhe pegou na palavra.
Havia ainda uma grande obra a ser realizada por Elias; e, concluída
essa obra, não devia ele perecer desanimado e só no deserto. Tam-
pouco lhe caberia descer ao pó da morte, mas à ascensão gloriosa,
com o cortejo dos carros celestiais, para o trono do alto.
Eis a palavra de Deus para os aflitos: “Eu vejo os seus caminhos,
e os sararei; também os guiarei, e lhes tornarei a dar consolações,
e aos seus pranteadores”.
Isaías 57:18
. “E tornarei o seu pranto em
[207]
alegria, e os consolarei, e transformarei em regozijo a sua tristeza”.
Jeremias 31:13
.
“Bem-aventurados os mansos”.
Mateus 5:5
. As dificuldades
que temos de enfrentar podem ser muito diminuídas por aquela
mansidão que se esconde em Cristo. Se possuirmos a humildade
de nosso Mestre, sobrepor-nos-emos aos menosprezos, às repulsas,
aos aborrecimentos a que estamos diariamente expostos, e estes
deixarão de nos lançar sombra sobre o espírito. A mais elevada
prova de nobreza num cristão é o domínio de si mesmo. Aquele que,
em face de maus-tratos ou de crueldade, deixa de manter espírito
calmo e confiante, rouba a Deus de Seu direito de nele revelar Sua