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O Desejado de Todas as Nações
Apóstolos 4:13
. Acerca de Estêvão, acha-se escrito que “todos os
que estavam assentados no conselho, fixando os olhos nele, viram o
seu rosto como o rosto de um anjo”. Os homens “não podiam resistir
à sabedoria, e ao espírito com que falava”.
Atos dos Apóstolos 6:15,
10
. E Paulo, escrevendo a respeito de seu próprio julgamento na
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corte dos Césares, diz: “Ninguém me assistiu na minha primeira
defesa, antes todos me desampararam. [...] Mas o Senhor assistiu-
me e fortaleceu-me, para que por mim fosse cumprida a pregação,
e todos os gentios a ouvissem; e fiquei livre da boca do leão”.
2
Timóteo 4:16, 17
.
Os servos de Cristo não deviam preparar determinado discurso
para apresentar, quando levados a juízo. Sua preparação devia ser
feita dia a dia, entesourando as preciosas verdades da Palavra de
Deus, e robustecendo a própria fé mediante a oração. Quando leva-
dos a julgamento, o Espírito Santo lhes traria à memória as próprias
verdades que fossem necessárias.
Um diário e sincero esforço para conhecer a Deus, e Jesus Cristo,
a quem Ele enviou, traria poder e eficiência à alma. O conhecimento
obtido por meio de diligente exame das Escrituras, seria trazido,
qual relâmpago, a iluminar a memória no momento oportuno. Mas
se alguém houvesse negligenciado relacionar-se com as palavras
de Cristo, se nunca houvesse experimentado o poder da graça na
provação, não poderia esperar que o Espírito Santo lhe trouxesse à
lembrança as Suas palavras. Deviam servir diariamente a Deus com
não dividida afeição, e então confiar nEle.
Tão amarga era a inimizade contra o evangelho, que mesmo os
mais ternos laços terrestres seriam desconsiderados. Os discípulos
de Cristo seriam entregues à morte pelos membros da própria famí-
lia. “E odiados de todos sereis por causa do Meu nome”, acrescentou
Ele; “mas aquele que perseverar até ao fim será salvo”.
Marcos
13:13
. Advertiu-os, porém, a que não se expusessem desnecessaria-
mente à perseguição. Ele próprio deixou muitas vezes um campo de
labor em busca de outro, a fim de escapar dos que Lhe procuravam
a vida. Quando rejeitado em Nazaré, e Seus próprios concidadãos
tentavam matá-Lo, Ele desceu a Cafarnaum, e aí o povo se admirou
de Seus ensinos; “porque a Sua palavra era com autoridade”.
Lu-
cas 4:32
. Assim, Seus servos não se deveriam desanimar diante da