Página 353 - O Desejado de Todas as Na

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O verdadeiro sinal
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e pagãos. O preconceito judaico era ainda forte no coração dos discí-
pulos, e responderam a Jesus: “De onde poderá alguém satisfazê-los
de pão aqui no deserto?”
Marcos 8:4
. Obedientes à Sua palavra, no
entanto, trouxeram-Lhe o que havia — sete pães e uns poucos de
peixinhos. A multidão foi alimentada, ficando sete grandes cestos
cheios das sobras. Quatro mil homens, além de mulheres e crianças,
foram assim revigorados, e Jesus os despediu cheios de alegria e
reconhecimento.
Tomando então um barco em companhia dos discípulos, dirigiu-
Se a Magdala, do outro lado do lago, no extremo sul da planície de
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Genesaré. Nas fronteiras de Tiro e Sidom, fora Seu espírito refrige-
rado pela sincera confiança da mulher siro-fenícia. O povo pagão
de Decápolis O recebera com alegria. Agora, ao desembarcar mais
uma vez na Galiléia, onde se realizara a maior parte de Suas obras
de misericórdia, e tiveram lugar os Seus ensinos, foi Ele recebido
com desdenhosa incredulidade.
A uma delegação de fariseus, unira-se uma representação de
ricos e altivos saduceus, o partido dos sacerdotes, dos céticos e aris-
tocratas da nação. As duas seitas haviam estado em feroz inimizade.
Os saduceus cortejavam o favor do poder dominante, a fim de manter
a própria posição e autoridade. Os fariseus, por outro lado, fomenta-
vam o ódio popular contra os romanos, ansiando o tempo em que
lhes fosse dado sacudir de si o jugo do vencedor. Mas fariseus e
saduceus uniram-se agora contra Cristo. Os semelhantes atraem-se;
onde quer que exista um mal, liga-se com o mal para destruição do
bem.
Fariseus e saduceus foram então em busca de Cristo, pedindo um
sinal do Céu. Quando, nos dias de Josué, Israel saiu à batalha com
os cananeus em Bete-Horom, o Sol, se detivera, à ordem do chefe,
até que fosse conseguida a vitória; e muitas idênticas maravilhas se
tinham operado na história deles. Um sinal assim foi solicitado de
Jesus. Esses sinais não eram, todavia, aquilo de que os judeus neces-
sitavam. Nenhuma prova meramente externa lhes seria proveitosa.
O que precisavam, não era iluminação intelectual, mas renovação
espiritual.
“Hipócritas”, disse Jesus, “sabeis diferençar a face do céu” —
estudando o céu, podiam predizer o tempo — “e não conheceis os
sinais dos tempos?” (
Mateus 16:3
) palavras de Cristo, proferidas