Página 38 - O Desejado de Todas as Na

Basic HTML Version

34
O Desejado de Todas as Nações
se desviam do Cristo vivo. Cristo em Sua Palavra, convidando ao
sacrifício, no pobre e sofredor que implora auxílio, na causa justa
que envolve pobreza e fadiga e censuras, nestas coisas Ele não é
hoje mais prontamente recebido do que o foi mil e novecentos anos
atrás.
Maria ponderou a vasta e profunda profecia de Simeão. Ao olhar
para a criança que tinha nos braços, e relembrar as palavras dos pas-
tores de Belém, enchia-se de grata alegria e iluminada esperança. As
palavras de Simeão trouxeram-lhe à mente as proféticas declarações
de Isaías: “Brotará um Rebento do tronco de Jessé, e das suas raízes
um Renovo frutificará. E repousará sobre Ele o Espírito do Senhor,
o espírito de sabedoria e de inteligência, o espírito de conselho e
de fortaleza, o espírito de conhecimento e de temor do Senhor. [...]
E a justiça será o cinto dos Seus lombos”.
Isaías 11:1-5
. “O povo
que andava em trevas, viu uma grande luz, e sobre os que habitavam
na região da sombra da morte resplandeceu a luz. [...] Porque um
Menino nos nasceu, um Filho se nos deu; e o principado está sobre
os Seus ombros; e o Seu nome será: Maravilhoso, Conselheiro, Deus
forte, Pai da eternidade, Príncipe da Paz”.
Isaías 9:2-6
.
No entanto, Maria não compreendia a missão de Cristo. Simeão
profetizara dEle como uma luz para os gentios, bem como uma glória
para Israel. Assim o anjo anunciara Seu nascimento como novas de
grande alegria para todos os povos. Deus estava procurando corrigir
a estreita concepção judaica da obra do Messias. Desejava que os
homens O olhassem, não somente como o libertador de Israel, mas
como o Redentor do mundo. Muitos anos, porém, deviam passar
antes de a própria mãe de Jesus poder compreender Sua missão.
Maria esperava o reino do Messias no trono de Davi, mas não via
o batismo de sofrimento pelo qual esse trono devia ser conquistado.
Por meio de Simeão revelava-se que o Messias não teria no mundo
um caminho livre de obstáculos. Nas palavras dirigidas a Maria:
“Uma espada traspassará também a tua própria alma”, Deus, em
[31]
Sua compassiva misericórdia, dá à mãe de Jesus uma indicação da
angústia que já por amor dEle começara a suportar.
“Eis que Este é posto para queda e elevação de muitos em Israel,
e para sinal que é contraditado”, dissera Simeão. Teriam de cair os
que se quisessem erguer novamente. Precisamos cair sobre a Rocha
e despedaçar-nos, antes de poder ser elevados em Cristo. O eu tem de