Página 384 - O Desejado de Todas as Na

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O Desejado de Todas as Nações
sejam postos de lado. Torna-se evidente que o Senhor não depende
deles. A obra não se detém por causa de seu afastamento da mesma,
mas vai avante com maior poder.
Não bastava aos discípulos de Jesus o serem instruídos quanto à
natureza de Seu reino. O que necessitavam era uma mudança de co-
ração que os pusesse em harmonia com seus princípios. Chamando a
Si uma criancinha, Jesus a colocou no meio deles; e, envolvendo ter-
namente o pequenino nos braços, disse: “Em verdade vos digo que,
se vos não converterdes e não vos fizerdes como meninos, de modo
algum entrareis no reino dos Céus”.
Mateus 18:3
. A simplicidade, o
esquecimento de si mesma e o confiante amor de uma criancinha,
são os atributos estimados pelo Céu. São essas as características da
verdadeira grandeza.
Jesus tornou a explicar aos discípulos que Seu reino não se carac-
teriza por terrena dignidade e ostentação. Junto a Jesus esquecem-se
todas estas distinções. O rico e o pobre, o instruído e o ignorante se
encontram, sem nenhuma idéia de classe ou mundana preeminência.
Todos se aproximam como almas compradas por sangue, igualmente
dependentes dAquele que as redimiu para Deus.
A alma sincera e contrita é preciosa diante de Deus. Ele coloca
o Seu sinete sobre os homens, não por posição, não por fortuna,
não por sua grandeza intelectual, mas pela sua unidade com Cristo.
O Senhor da glória fica satisfeito com aqueles que são mansos e
humildes de coração. “Também me deste o escudo da Tua salvação:
[...] e a Tua mansidão” — como elemento no caráter humano — “me
engrandeceu”.
Salmos 18:35
.
“Qualquer que receber um destes meninos em Meu nome”, disse
Jesus, “a Mim Me recebe; e qualquer que a Mim Me receber, recebe,
não a Mim, mas ao que Me enviou”.
Marcos 9:37
. “Assim diz o
Senhor: O Céu é o Meu trono, e a Terra o escabelo dos Meus pés:...
mas eis para quem olharei: para o pobre e abatido de espírito, e que
treme da Minha palavra”.
Isaías 66:1, 2
.
As palavras do Salvador despertaram nos discípulos um senti-
mento de desconfiança de si mesmos. Ninguém fora especialmente
apontado na resposta; mas João foi levado a duvidar de que em
certo caso sua atitude fora correta. Com espírito de criança, expôs a
questão a Jesus. “Mestre”, disse ele, “vimos um que em Teu nome