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O Desejado de Todas as Nações
novo Mestre; pois Suas teorias e costumes eram contrários aos ensi-
nos dos Pais. O povo deu crédito ao que ensinavam os sacerdotes e
fariseus, de preferência a buscar entender por si mesmos a Palavra de
Deus. Honravam aos sacerdotes e principais de preferência a Deus,
e rejeitavam a verdade para poderem guardar as próprias tradições.
Muitos foram impressionados e quase persuadidos; não agiram, po-
rém, segundo suas convicções, e não se contaram do lado de Cristo.
Satanás apresentou suas tentações, até que a luz pareceu como as
trevas. Assim muitos rejeitaram a verdade que se teria demonstrado
ser a sua salvação.
Diz a Testemunha Verdadeira: “Eis que estou à porta, e bato”.
Apocalipse 3:20
. Toda advertência, reprovação e súplica, transmitida
pela Palavra de Deus ou por Seus mensageiros, é uma batida na porta
do coração. É a voz de Jesus que solicita entrada. A cada toque não
atendido, torna-se mais fraca a disposição para abrir. A impressão
do Espírito Santo que é hoje rejeitada, não será tão forte amanhã.
O coração torna-se menos impressionável, e cai numa perigosa
inconsciência da brevidade da vida e da grande eternidade além.
Nossa condenação no Juízo não será resultado de havermos estado
em erro, mas do fato de termos negligenciado as oportunidades
enviadas pelo Céu, para conhecer a verdade.
Como os apóstolos, os setenta receberam dons sobrenaturais
como selo de sua missão. Quando sua obra estava completa, voltaram
com alegria, dizendo: “Senhor, pelo Teu nome, até os demônios se
nos sujeitam.” Jesus respondeu: “Eu via Satanás, como raio, cair do
Céu”.
Lucas 10:18
.
Ao espírito de Jesus apresentaram-se as cenas do passado e do
futuro. Contemplou Lúcifer, ao ser no princípio expulso dos luga-
res celestiais. Viu antecipadamente as cenas de Sua própria agonia,
quando, perante todos os mundos, havia de revelar-se o caráter do
enganador. Ouviu o brado: “Está consumado” (
João 19:30
), anun-
ciando estar para sempre assegurada a redenção da raça perdida e
achar-se eternamente a salvo das acusações, enganos e pretensões
de Satanás.
Para além da cruz do Calvário, com sua angústia e opróbrio, con-
templou Jesus o grande dia final, quando o príncipe das potestades
do ar encontrará sua destruição na Terra tão longamente desfigurada