Página 451 - O Desejado de Todas as Na

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“Deixai vir a mim os pequeninos”
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Suas importantes lições, para lhes atingir a infantil compreensão.
Implantava no espírito delas as sementes da verdade, que haveriam
de brotar nos anos vindouros, dando frutos para a vida eterna.
É ainda verdade que as crianças são as pessoas mais susceptíveis
aos ensinos do evangelho; seu coração acha-se aberto às influên-
cias divinas, e forte para reter as lições recebidas. Os pequeninos
podem ser cristãos, tendo uma experiência em harmonia com seus
anos. Precisam ser educados nas coisas espirituais, e os pais de-
vem proporcionar-lhes todas as vantagens, para que formem caráter
segundo a semelhança do de Cristo.
Os pais e as mães devem considerar os filhos como os membros
mais novos da família do Senhor, a eles confiados para que os edu-
quem para o Céu. As lições que nós mesmos aprendemos de Cristo,
devemos transmitir a nossas crianças, de maneira a poderem ser
compreendidas pelas tenras mentes infantis, revelando-lhes pouco a
pouco a beleza dos princípios do Céu. Assim o lar cristão se torna
uma escola, em que os pais servem de mestres auxiliares, ao passo
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que o próprio Cristo é o principal instrutor.
Trabalhando em favor da conversão de nossos filhos, não deve-
mos buscar violentas emoções como testemunho de convicção do
pecado. Nem é necessário saber o tempo exato em que se conver-
tem. Devemos ensiná-los a levar seus pecados a Jesus, pedindo-Lhe
perdão e crendo que Ele perdoa e os recebe, assim como recebeu as
crianças quando Se achava pessoalmente na Terra.
Quando a mãe ensina os filhos a lhe obedecerem porque a amam,
está ensinando as primeiras lições na vida cristã. O amor da mãe re-
presenta para a criança o amor de Cristo, e os pequenos que confiam
em sua mãe e lhe obedecem, estão aprendendo a confiar no Salvador
e obedecer-Lhe.
Jesus era o modelo das crianças, e também o exemplo dos pais.
Falava como quem tem autoridade, e Sua palavra tinha poder; to-
davia, em todo o Seu trato com homens rudes e violentos, nunca
empregou uma expressão desagradável ou descortês. A graça de
Cristo no coração comunicará uma dignidade de origem celestial,
o senso do que é próprio. Suavizará toda aspereza e subjugará tudo
quanto é rude e destituído de bondade. Levará os pais a tratarem
os filhos como a seres inteligentes, como eles próprios queriam ser
tratados.