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O Desejado de Todas as Nações
vendo isto, nem depois vos arrependestes para o crer”.
Mateus 21:31,
32
.
Os sacerdotes e principais não podiam deixar de dar resposta
correta à pergunta de Cristo, e assim obteve Ele sua opinião em
favor do primeiro filho. Este filho representava os publicanos, os que
eram desprezados e odiados pelos fariseus. Os publicanos haviam
sido inteiramente imorais. Tinham sido na verdade transgressores
da lei de Deus, mostrando em sua vida absoluta resistência às Suas
reivindicações. Eram ingratos e profanos; ao ser-lhes dito que fossem
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trabalhar na vinha do Senhor, recusaram desdenhosamente. Mas ao
vir João, pregando o arrependimento e o batismo, os publicanos
receberam a mensagem e foram batizados.
O segundo filho representava os dirigentes da nação judaica.
Alguns fariseus se tinham arrependido, recebendo o batismo de
João; mas os dirigentes não quiseram reconhecer que ele viera de
Deus. Suas advertências e acusações não os levaram a uma reforma.
“Rejeitaram o conselho de Deus contra si mesmos, não tendo sido
batizados por ele.” Trataram desdenhosamente sua mensagem. Como
o segundo filho que, quando chamado, disse: “Eu vou, senhor”, mas
não foi, os sacerdotes e principais professaram obediência, mas
agiram em sentido contrário. Faziam grandes profissões de piedade,
pretendiam estar obedecendo à lei divina, mas prestavam apenas uma
falsa obediência. Os publicanos eram acusados e amaldiçoados pelos
fariseus como incrédulos; mas mostraram por sua fé e obras que iam
para o reino do Céu antes daqueles homens cheios de justiça própria,
aos quais fora dada grande luz, mas cujas obras não correspondiam
a sua profissão de piedade.
Os sacerdotes e principais não tinham vontade de suportar essas
penetrantes verdades; ficaram calados, entretanto, na esperança de
que Jesus dissesse qualquer coisa que pudessem voltar contra Ele;
mas tinham de suportar ainda mais.
“Ouvi ainda outra parábola”, disse Cristo. “Houve um homem,
pai de família, que plantou uma vinha, circundou-a de um valado,
e construiu nela um lagar, e edificou uma torre, e arrendou-a a uns
lavradores, e ausentou-se para longe. E, chegando o tempo dos frutos,
enviou os seus servos aos lavradores, para receber os seus frutos. E
os lavradores, apoderando-se dos servos, feriram um, mataram outro,
e apedrejaram outro. Depois enviou outros servos, em maior número