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Capítulo 69 — O Monte das Oliveiras
Este capítulo é baseado em
Mateus 24
;
Marcos 13
;
Lucas 21:5-38
.
As palavras de Cristo aos sacerdotes e principais: “Eis que a
vossa casa vai ficar-vos deserta” (
Mateus 23:38
), encheram-lhes de
terror o coração. Afetaram indiferença, mas ficou sempre a voltar-
lhes ao pensamento uma pergunta quanto à importância dessas pa-
lavras. Parecia ameaçá-los invisível perigo. Poder-se-ia dar que o
magnífico templo, glória da nação, devesse tornar-se em breve um
montão de ruínas? Os pressentimentos de mal eram partilhados pe-
los discípulos, e esperavam ansiosos uma declaração mais definida
de Jesus. Ao saírem com Ele do templo, chamaram-Lhe a atenção
para a estrutura e beleza do mesmo. Suas pedras eram do mais puro
mármore, de perfeita brancura, e algumas delas de dimensões quase
fabulosas. Uma parte da parede resistira ao cerco do exército de
Nabucodonosor. No perfeito acabamento de sua alvenaria, dir-se-ia
um sólido bloco de pedra tirado inteiro da pedreira. Como essas
poderosas paredes pudessem ser derribadas, não compreendiam os
discípulos.
Ao ser a atenção de Cristo chamada para a magnificência do
templo, quais não terão sido os pensamentos inexpressos daquele
Rejeitado?! A visão que tinha perante Si era na verdade bela, mas
Ele disse com tristeza: Eu vejo tudo isso. Os edifícios são realmente
maravilhosos. Vós apontais essas paredes como sendo aparente-
mente indestrutíveis; escutai, porém, as Minhas palavras: Dia virá
em que “não ficará aqui pedra sobre pedra que não seja derribada”.
Mateus 24:2
.
As palavras de Cristo foram proferidas aos ouvidos de grande
número de pessoas; mas quando Ele Se achava só, sentado sobre
o Monte das Oliveiras, Pedro, João, Tiago e André foram ter com
Ele. “Dize-nos”, perguntaram, “quando serão essas coisas, e que
sinal haverá da Tua vinda e do fim do mundo?”
Mateus 24:3
. Jesus
não respondeu aos discípulos falando em separado da destruição de
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