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O Desejado de Todas as Nações
A observância da Páscoa começou com o nascimento da nação
hebraica. Na última noite de sua servidão no Egito, quando não havia
sinal de libertação, Deus lhes ordenou que se preparassem para um
imediato livramento. Advertira Faraó do juízo final sobre os egípcios,
e deu aos hebreus instruções para reunirem suas famílias dentro
das próprias casas. Havendo aspergido as ombreiras e vergas da
porta com o sangue do cordeiro imolado, deviam comer o cordeiro,
assado, com pão sem fermento, e ervas amargas. “Assim pois o
comereis”, disse Ele: “os vossos lombos cingidos, os vossos sapatos
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nos pés, e o vosso cajado na mão; e o comereis apressadamente;
esta é a Páscoa do Senhor”.
Êxodo 12:11
. À meia-noite, todos os
primogênitos dos egípcios foram mortos. Então o rei enviou a Israel
a mensagem: “Levantai-vos, saí do meio do meu povo [...] e ide,
servi ao Senhor, como tendes dito”.
Êxodo 12:31
. Os hebreus saíram
do Egito como nação independente. O Senhor ordenara que a Páscoa
fosse observada anualmente. “E”, disse Ele, “quando vossos filhos
vos disserem: Que culto é este? vós lhes direis: É o sacrifício da
Páscoa ao Senhor, que passou as casas dos filhos de Israel no Egito,
quando feriu aos egípcios”.
Êxodo 12:27
. Assim, de geração em
geração devia ser narrada a história desse maravilhoso livramento.
A Páscoa era seguida pela festa dos sete dias de pães asmos.
No segundo dia da festa, os primeiros frutos da colheita anual, um
molho de cevada, eram apresentados ao Senhor. Todas as cerimônias
da festa eram símbolos da obra de Cristo. A libertação de Israel do
Egito era uma lição objetiva da redenção, que a Páscoa se destinava
a conservar na memória. O cordeiro imolado, o pão asmo, o molho
dos primeiros frutos, representavam o Salvador.
Para a maioria das pessoas, ao tempo de Cristo, a observân-
cia dessa festa degenerara em mera formalidade. Qual, porém, sua
significação para o Filho de Deus?!
Pela primeira vez, contemplou o menino Jesus o templo. Viu
os sacerdotes de vestes brancas, realizando seu solene ministério.
Viu a ensangüentada vítima sobre o altar do sacrifício. Com os
adoradores, inclinou-Se em oração, enquanto ascendia perante Deus
a nuvem de incenso. Testemunhou os impressivos ritos da cerimônia
pascoal. Dia a dia, observava mais claramente a significação dos
mesmos. Cada ato parecia estar ligado a Sua própria vida. No íntimo
acordavam-se-Lhe novos impulsos. Silencioso e absorto, parecia