Página 61 - O Desejado de Todas as Na

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A visita pascoal
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Sua última agonia, e Jesus desejava que ela compreendesse Sua
missão, a fim de fortalecer-se para resistir, quando a espada lhe
houvesse de traspassar o coração. Como Jesus estivera separado
dela, e por três dias O procurara aflita, assim, quando fosse oferecido
pelos pecados do mundo, estaria novamente perdido para ela três
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dias. E ao ressurgir Ele do sepulcro, sua tristeza se transformaria
outra vez em júbilo. Mas quão melhor teria ela suportado a angústia
da morte do Filho, se houvesse compreendido as Escrituras para as
quais Ele lhe procurava agora volver os pensamentos!
Se José e Maria houvessem firmado a mente em Deus, mediante
meditação e oração, teriam avaliado a santidade do depósito que lhes
era confiado, e não teriam perdido de vista a Jesus. Pela negligência
de um dia perderam o Salvador; custou-lhes, porém, três dias de
ansiosas buscas o tornar a encontrá-Lo. O mesmo quanto a nós;
por conversas ociosas, por maledicência ou negligência da oração,
podemos perder num dia a presença do Salvador, e talvez leve muitos
dias de dolorosa busca o tornar a achá-Lo, e reconquistar a paz que
perdemos.
Em nossas relações uns com os outros, devemos estar atentos
para não perder a Jesus, continuando o caminho sem nos advertir de
que Ele não Se acha conosco. Quando nos absorvemos em coisas
mundanas, de maneira que não temos um pensamento para Aquele
em quem se concentra nossa esperança de vida eterna, separamo-nos
de Jesus e dos anjos celestiais. Esses santos seres não podem perma-
necer onde a presença do Salvador não é desejada, e Sua ausência
não é sentida. Eis porque tantas vezes se faz sentir o desânimo entre
os professos seguidores de Cristo.
Muitos assistem a cultos e são refrigerados e confortados pela
Palavra de Deus; mas, devido à negligência da meditação, vigilância
e orações, perdem a bênção, sentindo-se mais vazios do que antes
de a receberem. Sentem freqüentemente que Deus os tem tratado
duramente. Não vêem que a falta está com eles mesmos. Separando-
se de Jesus, afugentaram a luz da Sua presença.
Faria muito bem para nós passar diariamente uma hora refletindo
sobre a vida de Jesus. Deveríamos tomá-la ponto por ponto, e deixar
que a imaginação se apodere de cada cena, especialmente as finais.
Ao meditar assim em Seu grande sacrifício por nós, nossa confiança
nEle será mais constante, nosso amor vivificado, e seremos mais