Página 707 - O Desejado de Todas as Na

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A viagem para Emaús
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Erguem-se para lançar-se-Lhe aos pés em adoração, mas Ele
desaparece diante de seus olhos. Contemplando o lugar que fora
ocupado por Aquele cujo corpo estivera havia pouco no sepulcro,
dizem um para o outro: “Porventura não ardia em nós o nosso
coração quando, pelo caminho nos falava, e quando nos abria as
Escrituras?”
Lucas 24:32
.
Mas com essas grandes novas a comunicar, não se podiam sentar
e conversar. Desapareceram-lhes a fadiga e a fome. Deixam a refei-
ção intata e, cheios de alegria, põem-se imediatamente a caminho
outra vez pela mesma estrada por onde tinham vindo, apressando-se
para dar as alvissareiras novas aos discípulos na cidade. Em alguns
lugares o caminho não é seguro, mas sobem pelas partes íngremes,
escorregando na lisura das rochas. Não vêem, não sabem que es-
tão sendo protegidos por Aquele que com eles viajara pelo mesmo
caminho. Tendo na mão o cajado de peregrino, avançam sempre, de-
sejando ir mais depressa do que ousam fazê-lo. Perdem o trilho, mas
tornam a encontrá-lo. Correndo aqui, tropeçando acolá, vão sempre
para a frente, tendo bem próximo ao lado, por todo o caminho, o
invisível Companheiro.
A noite é escura, mas resplandece sobre eles o Sol da Justiça.
Salta-lhes de alegria o coração. Parecem estar em um mundo novo.
Cristo é um Salvador vivo. Não mais O pranteiam como morto.
Cristo ressurgiu — repetem uma e muitas vezes. Esta é a mensagem
que vão levar aos outros contristados. Necessitam contar-lhes a
maravilhosa história do caminho de Emaús. Precisam dizer-lhes
quem Se lhes uniu no caminho. Levam consigo a maior de todas as
mensagens anunciadas ao mundo, uma mensagem de boas-novas
de que dependem as esperanças da raça humana para o tempo e a
eternidade.
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