Página 737 - O Desejado de Todas as Na

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“Para meu Pai e vosso Pai”
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Isto dizem elas, não porque não saibam quem Ele é, mas porque
querem ouvir a resposta de exaltado louvor: “O Senhor forte e
poderoso, o Senhor poderoso na guerra. Levantai, ó portas, as vossas
cabeças, levantai-vos, ó entradas eternas, e entrará o Rei da glória”!
Novamente se faz ouvir o desafio: “Quem é este Rei da Glória?”
pois os anjos nunca se cansam de ouvir o Seu nome ser exaltado.
E os anjos da escolta respondem: “O Senhor dos Exércitos; Ele é o
Rei da Glória!”
Salmos 24:7-10
.
Então se abrem de par em par as portas da cidade de Deus, e a
angélica multidão entra por elas, enquanto a música prorrompe em
arrebatadora melodia.
Ali está o trono, e ao seu redor, o arco-íris da promessa. Ali
estão querubins e serafins. Os comandantes das hostes celestiais, os
filhos de Deus, os representantes dos mundos não caídos, acham-se
congregados. O conselho celestial, perante o qual Lúcifer acusara a
Deus e a Seu Filho, os representantes daqueles reinos imaculados
sobre os quais Satanás pensara estabelecer seu domínio — todos
ali estão para dar as boas-vindas ao Redentor. Estão ansiosos por
celebrar-Lhe o triunfo e glorificar seu Rei.
Mas Ele os detém com um gesto. Ainda não. Não pode receber
a coroa de glória e as vestes reais. Entra à presença do Pai. Mostra a
fronte ferida, o atingido flanco, os dilacerados pés; ergue as mãos
que apresentam os vestígios dos cravos. Aponta para os sinais de Seu
triunfo; apresenta a Deus o molho movido, aqueles ressuscitados
com Ele como representantes da grande multidão que há de sair do
sepulcro por ocasião de Sua segunda vinda. Aproxima-Se do Pai,
em quem há alegria a cada pecador que se arrepende; que sobre
ele Se regozija com júbilo. Antes que os fundamentos da Terra
fossem lançados, o Pai e o Filho Se haviam unido num concerto para
redimir o homem, se ele fosse vencido por Satanás. Haviam-Se dado
as mãos, num solene compromisso de que Cristo Se tornaria o fiador
da raça humana. Esse compromisso cumprira Cristo. Quando, sobre
a cruz soltara o brado: “Está consumado” (
João 19:30
), dirigira-Se
ao Pai. O pacto fora plenamente satisfeito. Agora Ele declara: “Pai,
está consumado. Fiz, ó Meu Deus, a Tua vontade. Concluí a obra
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da redenção. Se a Tua justiça está satisfeita, ‘quero que, onde Eu
estiver, também eles estejam comigo’”.
João 17:24
.