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Educação
de todas as coisas, delas é o proprietário original. Somos Seus mor-
domos. Tudo que temos foi confiado por Ele, para ser usado de
acordo com Sua direção.
Esta é uma obrigação que repousa sobre todo ser humano. Afeta
toda esfera da atividade humana. Quer o reconheçamos quer não,
somos despenseiros, supridos por Deus com talentos e facilidade, e
colocados no mundo para realizar uma obra indicada por Ele.
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A cada homem é dada “a sua obra” (
Marcos 13:34
) — a obra
para a qual o adaptam suas capacidades e que resultará no maior
benefício a si próprio e a seus semelhantes, e na maior honra a Deus.
Assim é que nossas ocupações ou vocação são uma parte do
grande plano de Deus e, tanto quanto são realizadas de acordo com
Sua vontade, Ele próprio Se responsabiliza pelos resultados. Como
“cooperadores de Deus” (
1 Coríntios 3:9
) nossa parte consiste em
uma conformidade fiel com Suas orientações. De maneira que não
há lugar para ansiosos cuidados. Requer-se diligência, fidelidade,
responsabilidade, economia e discrição. Toda faculdade deve ser
exercitada na sua mais alta possibilidade. A confiança deverá ser,
porém, não no desfecho feliz de nossos esforços, mas na promessa
de Deus. A palavra que alimentou Israel no deserto e sustentou Elias
durante o tempo da fome, tem o mesmo poder hoje. “Não andeis
pois inquietos, dizendo: Que comeremos, ou que beberemos, ou com
que nos vestiremos?... Buscai primeiro o reino de Deus e Sua justiça,
e todas estas coisas vos serão acrescentadas.”
Mateus 6:31-33
.
Aquele que dá ao homem a capacidade de adquirir riqueza, deu,
juntamente com este dom, uma obrigação. De tudo que adquirimos
Ele exige determinada porção. O dízimo é do Senhor. “Todas as
dízimas do campo, da semente do campo, do fruto das árvores”, “as
dízimas das vacas e ovelhas, são santas ao Senhor.”
Levítico 27:30,
32
. O voto feito por Jacó em Betel mostra a extensão da obrigação.
“De tudo quanto me deres, certamente Te darei o dízimo”, disse ele.
Gênesis 28:22
.
“Trazei todos os dízimos à casa do tesouro” (
Malaquias 3:10
), é
a ordem de Deus. Não se apela para a gratidão ou generosidade. É
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uma questão de simples honestidade. O dízimo é do Senhor; e Ele
nos ordena que Lhe devolvamos aquilo que é Seu.
“Requer-se nos despenseiros que cada um se ache fiel.”
1 Corín-
tios 4:2
. Se a honestidade é um princípio essencial nos negócios da