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Ensino e estudo da Bíblia
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Para que se desperte e fortaleça o amor ao estudo da Bíblia,
muito depende do uso feito da hora de culto. As horas do culto
matutino e vespertino devem ser as mais agradáveis e auxiliadoras
do dia. Compreenda-se que nestas horas nenhum pensamento per-
turbador ou mau se deve intrometer; que pais e filhos se reúnam a
fim de se encontrarem com Jesus, e convidar ao lar a presença dos
santos anjos. Seja o culto breve e cheio de vida, adaptado à ocasião,
e variado de tempo em tempo. Tomem todos parte na leitura da
Bíblia, e aprendam e repitam muitas vezes a lei de Deus. Contribuirá
para maior interesse das crianças ser-lhes algumas vezes permitido
escolher o trecho a ser lido. Interroguem-nas a respeito do mesmo, e
permitam que façam perguntas. Mencionem qualquer coisa que sirva
para ilustrar o sentido. Se o culto não se tornar demasiado longo,
façam com que os pequeninos tomem parte na oração e unam-se
eles ao canto, ainda que seja uma única estrofe.
Para se fazer com que este culto seja como deve ser, é necessário
que pensemos previamente na sua preparação. Os pais devem tomar
tempo diariamente para o estudo da Bíblia com seus filhos. Não há
dúvida de que isto exigirá esforço e a organização de um plano para
tal, bem como algum sacrifício para o realizar; o esforço, porém,
será ricamente recompensado.
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Como preparo para o ensino de Seus preceitos, Deus ordena
que sejam eles escondidos no coração dos pais. “E estas palavras,
que hoje te ordeno, estarão no teu coração”, diz Ele; “e as intimarás
a teus filhos.”
Deuteronômio 6:6, 7
. A fim de que interessemos
nossos filhos na Bíblia, nós mesmos devemos estar interessados
nela. Para despertarmos neles amor ao seu estudo, devemos amá-la.
A instrução que lhes damos terá apenas a importância da influência
que lhe emprestarmos pelo nosso próprio exemplo e espírito.
Deus chamou Abraão para ser ensinador de Sua palavra, e
escolheu-o para pai de uma grande nação, porque viu que instruiria
aos filhos e à sua casa, nos princípios da Sua lei. E aquilo que dava
poder ao ensino de Abraão, era a influência de sua própria vida.
Sua grande casa consistia em mais de mil almas, muitas das quais
chefes de famílias, e não poucos recém-conversos do paganismo.
Tal casa exigia mão firme ao leme. Não seria suficiente nenhum
método fraco e vacilante. A respeito de Abraão, disse Deus: “Eu o
tenho conhecido, que ele há de ordenar a seus filhos e a sua casa