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crise da história de Israel: “Quem sabe se para tal tempo como este
chegaste a este reino?”
Ester 4:14
.
Os que pensam no resultado de apressar o evangelho, ou impedi-
lo, pensam isto em relação a si mesmos e ao mundo. Poucos o
pensam em relação a Deus. Poucos tomam em consideração o sofri-
mento que o pecado causou a nosso Criador. Todo o Céu sofreu com
a agonia de Cristo; mas esse sofrimento não começou nem terminou
com Sua manifestação em humanidade. A cruz é uma revelação, aos
nossos sentidos embotados, da dor que o pecado, desde o seu início,
acarretou ao coração de Deus. Cada desvio do que é justo, cada ação
de crueldade, cada fracasso da natureza humana para atingir o seu
ideal, traz-Lhe pesar. Quando sobrevieram a Israel as calamidades
que eram o resultado certo da separação de Deus — subjugação
por seus inimigos, crueldade e morte — refere-se que “se angustiou
a Sua alma por causa da desgraça de Israel”. “Em toda a angústia
deles foi Ele angustiado ... e os tomou, e os conduziu todos os dias
da antigüidade.”
Juízes 10:16
;
Isaías 63:9
.
Seu Espírito “intercede por nós com gemidos inexprimíveis”.
Enquanto “toda a criação geme e está juntamente com dores de parto
até agora” (
Romanos 8:26, 22
), o coração do Pai infinito condói-se,
em simpatia. Nosso mundo é um vasto hospital, ou seja, um cená-
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rio de miséria em que não ousamos permitir mesmo que os nossos
pensamentos se demorem. Compreendêssemos nós o que ele é na
realidade, e o peso que sobre nós sentiríamos seria terribilíssimo. No
entanto, Deus o sente todo. A fim de destruir o pecado e seus resulta-
dos, Ele deu Seu mui dileto Filho, e pôs ao nosso alcance, mediante
a cooperação com Ele, levar esta cena de miséria a termo. “Este
evangelho do reino será pregado em todo o mundo, em testemunho
a todas as gentes, e então virá o fim.”
Mateus 24:14
.
“Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda a criatura”
(
Marcos 16:15
) — é a ordem de Cristo a Seus seguidores. Não que
todos sejam chamados para serem ministros ou missionários no
sentido comum do termo; mas todos podem ser coobreiros de Cristo,
dando as “boas novas” a seus semelhantes. A todos, grandes ou
pequenos, doutos ou ignorantes, velhos ou jovens, é dada a ordem.
À vista deste mandado, poderemos educar nossos filhos e filhas
para uma vida de respeitáveis formalidades, uma vida que se professe
cristã, mas a que falte aquele sacrifício próprio como o de Jesus,