Página 232 - Educa

Basic HTML Version

228
Educação
dos laços domésticos e consolidação dos próprios fundamentos do
caráter.
A cooperação deve ser o espírito da sala de aulas, a lei de sua
vida. O professor que adquire a cooperação de seus discípulos conse-
gue um auxílio inapreciável na manutenção da ordem. Nos serviços
da sala de aula muitos rapazes, cujo estado irrequieto acarreta desor-
dem e insubordinação, encontrariam vazão à sua energia supérflua.
Que os mais velhos ajudem aos mais novos, os fortes aos fracos;
e, quanto possível, seja cada um chamado a fazer algo em que se
[286]
distinga. Isto fomentará o respeito próprio e o desejo de ser útil.
Valioso seria aos jovens, aos pais, aos professores, estudarem as
lições de cooperação que encontramos nas Escrituras. Entre suas
muitas ilustrações, note a construção do tabernáculo (e este era uma
lição objetiva da construção do caráter), na qual o povo todo se uniu,
“todo o homem, a quem o seu coração moveu, e todo aquele cujo
espírito voluntariamente o excitou”.
Êxodo 35:21
. Lede como os
muros de Jerusalém foram reconstruídos pelos cativos que volta-
ram, em meio de pobreza, dificuldade e perigo, efetuando-se com
êxito a grande tarefa, porque “o coração do povo se inclinava a
trabalhar”.
Neemias 4:6
. Considere a parte desempenhada pelos dis-
cípulos no milagre do Salvador em alimentar a multidão. O alimento
multiplicava-se nas mãos de Cristo, mas os discípulos recebiam os
pães e os passavam à multidão que esperava.
“Somos membros uns dos outros.” Visto, pois, que cada um
recebeu um dom, “administre aos outros ... como bons despenseiros
da multiforme graça de Deus”.
Efésios 4:25
;
1 Pedro 4:10
.
As palavras escritas acerca dos construtores de ídolos na anti-
guidade, bem poderiam ser, com um objetivo mais digno, adotadas
como divisa pelos construtores de caráter, de hoje:
“Um ao outro ajudou, e ao seu companheiro disse: Esforça-te.”
Isaías 41:6
.
[287]