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Educação
aos pobres os seus produtos espontâneos. Destarte se oferecia opor-
tunidade para mais dilatado estudo, comunhão social e culto, bem
como para o exercício da beneficência, tantas vezes excluída pelos
cuidados e trabalhos da vida.
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Fossem observados no mundo hoje os princípios das leis de Deus
relativas à distribuição da propriedade, e quão diferente não seria
a condição do povo! A observância de tais princípios evitaria os
terríveis males que em todos os tempos têm resultado da opressão
dos pobres pelos ricos e do ódio aos ricos pelos pobres. Ao mesmo
tempo que poderia impedir a acumulação de grandes riquezas, ten-
deria a evitar a ignorância e degradação de dezenas de milhares,
cuja servidão mal paga, é exigida para a formação daquelas fortu-
nas colossais. Auxiliaria a solução pacífica dos problemas que ora
ameaçam encher o mundo com anarquia e mortandade.
A consagração a Deus de um décimo de toda a renda, quer fosse
dos pomares quer dos campos, dos rebanhos ou do trabalho mental
e manual; a dedicação de um segundo dízimo para o auxílio dos
pobres e outros fins de benevolência, tendia a conservar vívida diante
do povo a verdade de que Deus é o possuidor de todas as coisas, e
a oportunidade deles para serem portadores de Suas bênçãos. Era
um ensino adaptado a extirpar toda a estreiteza egoísta, e cultivar
largueza e nobreza de caráter.
O conhecimento de Deus, a companhia dEle no estudo e no
trabalho, a Sua semelhança no caráter, deviam ser a fonte, os meios
e objetivo da educação de Israel — educação comunicada por Deus
aos pais, e por estes dada aos filhos.
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