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procurados com sacrifício da integridade, e atraiçoamento de santos
legados. A associação com idólatras e casamento com mulheres
gentias corromperam sua fé. As barreiras que Deus erigira para a se-
gurança de Seu povo, foram assim derribadas, e Salomão entregou-se
ao culto dos falsos deuses. No cume do Monte das Oliveiras, de-
frontando o templo de Jeová, erigiram-se gigantescas imagens e
altares para o culto das divindades gentílicas. Repelindo a aliança
com Deus, Salomão perdeu o domínio de si mesmo. Embotou-se sua
delicada sensibilidade. Mudou-se aquele espírito consciencioso e
polido do início de seu reino. Orgulho, ambição, esbanjamento, con-
descendências, produziram frutos de crueldade e extorsão. Aquele
que tinha sido um governante justo, compassivo e temente a Deus,
tornou-se tirano e opressor. Aquele que, na dedicação do templo,
havia orado para que o coração de seu povo fosse integralmente dado
ao Senhor, tornou-se o seu sedutor. Salomão desonrou-se, desonrou
a Israel e desonrou a Deus.
A nação, de que ele tinha sido o orgulho, acompanhou-o. Apesar
de que se arrependesse mais tarde, seu arrependimento não evitou
que colhessem o mal que havia semeado. A disciplina e o ensino que
Deus designara a Israel, fariam com que eles, em toda a sua maneira
de viver, diferissem do povo de outras nações. Esta peculiaridade,
que deveria ser considerada como privilégio e bênção especiais, foi
mal recebida por eles. A simplicidade e moderação, essenciais para
o mais alto desenvolvimento, procuraram substituir pela pompa e
condescendência própria dos povos pagãos. Serem como todas as
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nações era a sua ambição.
1 Samuel 8:5
. O plano divino para a
educação foi posto de lado, e espoliada a autoridade de Deus.
Com a rejeição dos caminhos de Deus e sua substituição pelos
dos homens, começou a subversão nacional de Israel. E assim conti-
nuou até que o povo judeu se tornou presa das mesmas nações cujas
práticas haviam escolhido seguir.
Como nação, os filhos de Israel não conseguiram receber os
benefícios que Deus desejava dar-lhes. Não souberam apreciar o
Seu propósito nem cooperar em sua execução. Mas, conquanto indi-
víduos e povos possam assim separar-se dEle, Seu propósito para
os que nEle confiam é inalterável: “Tudo quando Deus faz durará
eternamente.”
Eclesiastes 3:14
.