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Educação
da vida. A fim de dirigir sabiamente, ele devia aprender a obedecer.
Pela fidelidade nas coisas pequenas, preparou-se para os encargos
maiores.
Dotado de espírito meigo e gentil, possuía Eliseu também energia
e firmeza. Acariciava o amor e temor de Deus, e na humilde rotina
do trabalho diário adquiria força de propósito e nobreza de caráter,
crescendo na graça e no conhecimento divinos. Enquanto cooperava
com seu pai nos deveres domésticos, aprendia a cooperar com Deus.
O chamado profético veio a Eliseu, quando com os servos de seu
pai arava o campo. Quando Elias, divinamente guiado na procura de
um sucessor, lançou sua capa sobre os ombros de Eliseu, reconheceu
este moço aquele chamado e lhe obedeceu. Ele “seguiu a Elias, e o
servia”.
1 Reis 19:21
. Não era uma grande obra a que se requeria a
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princípio de Eliseu; deveres usuais ainda constituía a sua disciplina.
Fala-se dele como o que despejava água nas mãos de Elias, seu
senhor. Como ajudante pessoal do profeta, continuou a mostrar-se
fiel nas coisas pequenas, enquanto com um propósito cada dia mais
firme se dedicava à missão a ele designada por Deus.
Ao ser chamado, sua resolução foi provada. Ao volver-se para
acompanhar a Elias, recebeu ordem do profeta para voltar para casa.
Ele devia avaliar por si as dificuldades — decidir-se a aceitar ou
rejeitar o chamado. Eliseu, porém, compreendeu o valor de sua opor-
tunidade. Por nenhuma vantagem mundana desprezaria ele a oportu-
nidade de se tornar mensageiro de Deus, ou sacrificar o privilégio
da associação com o Seu servo.
À medida que passava o tempo, e Elias se preparava para a
trasladação, Eliseu se aprontava para se tornar seu sucessor. E de
novo sua fé e resolução foram provadas. Acompanhando a Elias em
seu trabalho do costume, e sabendo a mudança que logo ocorreria,
era em cada lugar convidado pelo profeta para voltar. “Fica-te aqui,
porque o Senhor me enviou a Betel”, disse Elias. Mas, nos seus
primeiros trabalhos de guiar o arado, Eliseu tinha aprendido a não
fracassar nem desanimar; e agora que ele havia posto a mão ao arado
para os deveres de outra natureza, não se desviaria de seu propósito.
Tantas vezes quantas lhe era feito o convite para voltar, sua resposta
era: “Vive o Senhor, e vive a tua alma, que te não deixarei.”
2 Reis
2:2
.