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O mestre enviado de Deus
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O ensino de Cristo, assim como Suas simpatias, abrangia o
mundo. Jamais poderá haver uma circunstância na vida, um mo-
mento crítico na experiência humana, que não tenha sido antecipado
em Seu ensino, e para os quais seus princípios não tinham uma lição.
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Príncipe dos ensinadores, serão Suas palavras reconhecidas como
um guia para os Seus cooperadores até o fim do tempo.
Para Ele o presente e o futuro, o próximo e o distante, eram
um. Tinha em vista as necessidades de toda a humanidade. Perante
Seus olhos espirituais estendiam-se todas as cenas do esforço e
consecução humana, de tentações e conflitos, de perplexidades e
perigo. Todos os corações, lares, prazeres, alegrias e aspirações eram
conhecidos dEle.
Ele falava não somente por toda a humanidade, mas a toda a
humanidade. À criancinha, nas alegrias da manhã da vida; ao an-
sioso e inquieto coração do jovem; aos homens na força dos anos,
suportando o peso das responsabilidades e cuidados; ao idoso em
sua fraqueza e cansaço, a todos, enfim, era levada Sua mensagem,
sim, a todos os filhos da humanidade, em todos os países e em todas
as épocas.
Em Seu ensino abrangiam-se coisas temporais e eternas, coisas
visíveis em sua relação com as invisíveis, incidentes passageiros da
vida usual e as questões solenes da vida por vir.
As coisas desta vida colocava-as Ele em sua verdadeira relação,
como subordinadas que são às de interesse eterno; mas não ignorava
sua importância. Ensinava que o Céu e a Terra estão ligados um ao
outro, e que o conhecimento da verdade divina prepara melhor o
homem para cumprir os deveres da vida diária.
Para Ele nada havia sem um determinado fim. Os jogos infantis,
o trabalho dos homens, os prazeres, cuidados e dores da vida —
tudo eram meios que conduziam a um determinado fim, a saber, a
revelação de Deus para o erguimento da humanidade.
De Seus lábios a Palavra de Deus era recebida no coração dos
homens, com novo poder e nova significação. Seus ensinos faziam
com que as coisas da criação se apresentassem sob uma nova luz.
Sobre a face da Natureza de novo repousavam raios daquele fulgor
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que o pecado havia banido. Em todos os fatos e experiências da vida
revelavam-se uma lição divina e a possibilidade de divina compa-
nhia. Novamente Deus habitava sobre a Terra; corações humanos