Página 236 - Evangelismo (2007)

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Evangelismo
que os seus detentores pensem que em realidade estão de posse das
grandes bênçãos que estas doutrinas representam. Mas as maiores
e mais poderosas verdades podem ser esposadas, e não obstante,
serem mantidas no átrio exterior, onde pouca influência exercem para
tornar robusta e fragrante a vida cotidiana. A alma não é santificada
pela verdade que não é praticada. —
Carta 16, 1892
.
As doutrinas ou o nome no rol da igreja não substituem a
conversão
— Todas as pessoas, quer de origem elevada quer hu-
milde, se não estão convertidas, estão no mesmo pé de igualdade.
Podem os homens volver-se de uma doutrina para outra. Isto está
sendo feito e sê-lo-á. Podem os papistas abandonar o catolicismo
pelo protestantismo; sem que, porém, nada saibam do significado
das palavras: “Eu vos darei um coração novo.” A aceitação de teorias
novas, e a filiação a uma igreja, não produzem em pessoa nenhuma
vida nova, embora a igreja a que se une assente sobre o alicerce
verdadeiro. A ligação a uma igreja não substitui a conversão. A acei-
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tação do credo de uma igreja não tem valor algum para quem quer
que seja se o coração não estiver verdadeiramente transformado. ...
Precisamos ter mais do que uma crença intelectual na verdade.
Muitos dos judeus estavam convencidos de que Jesus era o Filho
de Deus, mas eram orgulhosos e ambiciosos demais para render-
se. Decidiram resistir à verdade, e mantiveram sua posição. Não
receberam no coração a verdade tal qual é em Jesus. Quando a
verdade é aceita como verdade unicamente pela consciência; quando
o coração não é estimulado e tornado receptivo, apenas a mente
é influenciada. Mas quando a verdade é recebida como verdade
pelo coração, passou pela consciência e cativou a alma com seus
princípios puros. É posta no coração pelo Espírito Santo que revela à
mente sua formosura, para que sua força transformadora se manifeste
no caráter. —
The Review and Herald, 14 de Fevereiro de 1899
.
A conversão é resultado de esforço unido
— Na obra de res-
gatar as almas perdidas que perecem, não é o homem quem executa a
tarefa de salvá-las; Deus é quem com ele trabalha. Tanto Deus como
o homem atuam. “Sois coobreiros de Deus.” Temos que trabalhar
de diferentes maneiras e idear métodos vários, e permitir que Deus
atue em nós para revelar a verdade e revelá-Lo a Ele como Salvador
que perdoa o pecado. —
Carta 20, 1893
.