Página 260 - Evangelismo (2007)

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Evangelismo
coração e desperta a consciência, muitos pensam que isto é bastante;
o trabalho, porém, apenas começou. Fizeram-se boas impressões,
mas a menos que elas sejam aprofundadas mediante esforços cuida-
dosos, corroborados pela oração, Satanás as anulará. Não fiquem os
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obreiros satisfeitos com o que foi conseguido. O arado da verdade
deve sulcar mais fundo, o que certamente acontecerá, se forem fei-
tos esforços completos para dirigir os pensamentos e estabelecer as
convicções dos que estão estudando a verdade.
Muitas vezes o trabalho é deixado incompleto, e em muitos
desses casos não produz resultado. Por vezes, depois de um grupo
de pessoas haver aceitado a verdade, o ministro pensa que deve
seguir imediatamente para novo campo; e às vezes sem a devida
investigação, recebe autorização para partir. Isso é um erro; ele
deve findar o trabalho começado, pois, deixando-o incompleto, faz-
se mais mal do que bem. Campo algum é tão pouco prometedor
como aquele que foi cultivado o suficiente para dar ao joio um mais
luxuriante desenvolvimento. Por esse método muitas almas têm
sido abandonadas a serem esbofeteadas por Satanás e à oposição de
membros de outras igrejas que rejeitaram a verdade; e muitos são
impelidos até a um ponto onde nunca mais poderão ser alcançados.
É melhor que o ministro não se meta na obra, a não ser que ele possa
completar inteiramente o trabalho. ...
A menos que aqueles que recebem a verdade sejam inteiramente
convertidos, a não ser que haja uma mudança radical na vida e no
caráter, a não ser que a alma se ache firmada na Rocha eterna, eles
não subsistirão à prova. Depois que o ministro parte, e desaparece a
novidade, a verdade perde o poder de sedução, e eles não exercem
uma influência mais santificadora do que anteriormente.
A obra de Deus não deve ser malfeita ou realizada relaxada-
mente. Quando um ministro entra num campo, deve trabalhá-lo
completamente. Ele não deve ficar satisfeito com seu êxito, enquanto
não puder, mediante diligente labor e a bênção do Céu, apresentar
ao Senhor conversos que possuam um genuíno sentimento de sua
responsabilidade, e que farão a obra que lhes é designada. Se ele
instruiu devidamente os que se acham sob seu cuidado, ao partir
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para outros campos de trabalho, a obra não se desfará; estará tão
firmemente estabelecida, que ficará segura. —
Obreiros Evangélicos,
367-369 (1915)
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