Página 296 - Evangelismo (2007)

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Evangelismo
permanente só se pode obter mediante diligente labor e estudo per-
severante. Em regra, os que se convertem à verdade que pregamos
não foram anteriormente diligentes estudantes das Escrituras; pois
nas igrejas populares há pouco estudo real da Palavra de Deus. O
povo espera que os ministros investiguem as Escrituras por eles, e
expliquem o que ensinam.
Muitos aceitam a verdade sem cavar fundo para entender seus
princípios básicos; e, ao ser ela atacada, esquecem os argumentos
e provas que as fundamentam. Foram levados a crer na verdade,
mas não foram instruídos plenamente quanto ao que ela seja, ou
guiados ponto por ponto no conhecimento de Cristo. Muitas vezes
sua piedade degenera numa forma e, quando já não se fazem sentir os
[368]
apelos que primeiramente os despertaram, tornam-se espiritualmente
mortos. —
Obreiros Evangélicos, 368 (1915)
.
Lidar com membros faltosos
— Os que são mandados por
Deus a fazer uma obra especial, serão chamados a repreender here-
sias e erros. Eles devem exercer a caridade bíblica para com todos
os homens, apresentando a verdade tal como é em Jesus. Alguns
serão diligentíssimos e zelosíssimos em sua resistência à verdade;
mas se bem que suas faltas devam ser expostas firmemente, e suas
más práticas condenadas, importa exercer longanimidade, paciência
e clemência para com eles. “E tende piedade de uns, usando de
discernimento: aos outros porém, salvai com temor, arrebatando-
os do fogo, aborrecendo até a túnica manchada da carne.” (Trad.
Trinitária.)
Talvez a igreja seja chamada a demitir de sua comunhão os que
não se corrigirem. É um doloroso dever que tem de ser cumprido.
Triste é, na verdade um tal passo, e não deve ser dado enquanto não
houver falhado todo outro meio de corrigir e salvar o que está em
erro.
Cristo nunca fez paz mediante qualquer coisa como a transigên-
cia. O coração dos servos de Deus transbordará de amor e simpatia
pelos errantes, como nos é apresentado na parábola da ovelha per-
dida; não terá, porém, palavras suaves para o pecado. Mostram a
mais verdadeira amizade os que reprovam o erro e o pecado sem
parcialidade e sem hipocrisia. Jesus viveu em meio de uma geração
pecaminosa e perversa. Ele não podia estar em paz com o mundo a