Página 360 - Evangelismo (2007)

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Evangelismo
repetidamente, e estava bem familiarizado com ele, mas foi forçado
a reconhecer que se perdera. Viajamos sessenta e quatro quilôme-
tros naquele dia, através da floresta, por cima de toras e árvores
derribadas, onde mal havia qualquer vestígio de caminho. ...
Não podíamos compreender por que era permitido que assim
andássemos errando pela mata. Nunca nos sentimos mais satisfeitos
do que ao avistar uma pequena clareira onde havia uma casinha de
madeira, na qual encontramos a mencionada irmã. Ela nos acolheu
bondosamente em seu lar, e ofereceu-nos alimentação que foi rece-
bida com gratidão. Enquanto descansávamos, falei com a família,
e deixei-lhes o livrinho. Ela o aceitou de boa vontade, havendo-o
conservado até o presente.
Durante vinte e dois anos nosso vaguear nessa jornada nos havia
parecido deveras misterioso, mas ali encontramos um bom grupo,
agora crentes na verdade, e cuja experiência tinha origem na in-
fluência daquele livrinho. A irmã que ministrara tão bondosamente
às nossas necessidades regozija-se agora, com muitos de seus vizi-
nhos, na luz da verdade presente. —
The Signs of the Times, 19 de
Outubro de 1876
.
Uma experiência em Nimes, França
— Quando trabalhava em
Nimes, na França, fizemos do salvar almas nosso trabalho. Havia um
rapaz que se desanimara devido às tentações de Satanás e de alguns
erros de irmãos nossos que não compreendiam a maneira de lidar
com a mente dos jovens. Ele abandonou o sábado e empregou-se
em um estabelecimento fabril a fim de aperfeiçoar seu ofício de
relojoeiro. É um rapaz muito promissor. Meu relógio necessitava de
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conserto, o que nos pôs em contato.
Fui-lhe apresentada e, assim que olhei para sua fisionomia, reco-
nheci ser ele aquele que o Senhor me apresentara anteriormente em
visão. Todas as circunstâncias me ocorreram distintamente. ...
Ele assistia às reuniões quando julgava que eu ia falar, e sentava-
se com os olhos fixos em mim durante todo o sermão, o qual era
traduzido em francês pelo irmão Bourdeau. Senti ser meu dever
trabalhar por esse jovem. Falei duas horas com ele, e insisti no perigo
de sua situação. Disse que, por haverem seus irmãos cometido um
erro, isto não era razão para que ele magoasse o coração de Cristo,
que o amara a ponto de morrer para o redimir. ...