Página 474 - Evangelismo (2007)

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Evangelismo
Dizem que o Senhor lhes disse que não precisam guardar os Dez
Mandamentos; mas disse-lhes acaso isto o Senhor? Não, Deus não
mente.
Satanás, que é o pai da mentira, enganou a Adão de modo se-
melhante, dizendo-lhe que não precisava obedecer a Deus, que não
morreria se transgredisse a lei. Mas Adão caiu, e por seu pecado
abriu as comportas da miséria para o mundo. Outra vez, Satanás
disse a Caim que ele não precisava seguir expressamente o manda-
mento de Deus de apresentar como oferta o cordeiro morto. Caim
obedeceu à voz do enganador; e porque Deus não lhe aceitou a oferta
ao passo que manifestou Seu agrado pela de Abel, Caim irou-se e
matou seu irmão.
Precisamos saber por nós mesmos a que voz estamos atendendo,
se a voz do Deus vivo e verdadeiro, ou a voz do grande apóstata. ...
Quando o tipo encontrou o antítipo na morte de Cristo, cessou a
oferta sacrifical. A lei cerimonial foi abolida. Mas, pela crucifixão,
a lei dos Dez Mandamentos foi estabelecida. O evangelho não ab-
rogou a lei, nem lhe diminuiu um til das reivindicações. Ela ainda
requer santidade em toda parte. É o eco da própria voz de Deus,
fazendo a toda alma o convite: Subi mais alto. Sede santos, mais
santos ainda. —
The Review and Herald, 26 de Junho de 1900
.
Advertência oportuna
— Nós como um povo caímos no erro
oposto. Reconhecemos as reivindicações da lei de Deus, e ensinamos
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ao povo o dever de render-lhe obediência. Cremos em tudo dar, mas
não vemos que devemos receber, assim como dar. Deixamos de ter
aquela confiança, aquela fé que leva a alma a permanecer em Cristo.
Pouco reclamamos, quando tudo poderíamos reclamar; pois não há
limite às promessas de Deus.
Mediante a falta de fé, muitos que procuram obedecer aos man-
damentos de Deus têm pouca paz e gozo; não representam correta-
mente a santificação que deve vir mediante a obediência à verdade.
Não estão firmados em Cristo. Muitos sentem uma falta em sua vida;
desejam alguma coisa que não têm; e assim são alguns levados a
assistir a reuniões chamadas de santidade, e ficam encantados com
os sentimentos dos que quebrantam a lei de Deus.
É nosso dever pregar a fé, apresentar o amor de Cristo em relação
com as reivindicações da lei; pois uma não pode ser bem compreen-
dida sem a outra. Em todos os sermões, o amor de Deus, tal como