Prefácio
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santa e santificada. Este é o cenário para essas leituras sobre a fé e
as obras — sobre a lei e o evangelho.
Quase na metade das duas décadas representadas neste opúsculo,
realizou-se a Assembléia da Associação Geral de 1888, em Mineá-
polis, Minessota, precedida por um congresso ministerial. Nessas
reuniões deu-se ênfase às verdades básicas da justiça pela fé. Ellen
G. White definiu-o como um avivamento de verdades que em grande
parte haviam sido perdidas de vista. Na assembléia, ela mesma não
fez apresentação alguma sobre o assunto. O teor de suas palestras
era que os presentes mantivessem o coração aberto para receber a
luz da Palavra de Deus exposta pelos Pastores E. J. Waggoner e A. T.
Jones. A recepção dessa nova ênfase foi mista. Alguns dos ouvintes
a aceitaram de bom grado e cabalmente, e outros assumiram uma
posição neutra. Alguns a rejeitaram. Os relatos indicam claramente
que muitos saíram dessa assembléia levando consigo uma nova e
gloriosa experiência em Cristo Jesus.
Por meio de sermões pregados nas igrejas depois dessa assem-
bléia, inclusive muitos de Ellen G. White, e por meio de artigos de
sua pena, os adventistas, em geral, foram conduzidos a mais clara
compreensão e aceitação da justiça pela fé. Muitos que a princípio
rejeitaram o conceito apresentado em Mineápolis foram levados a
aceitá-lo.
As verdades fundamentais envolvidas na doutrina da justiça pela
fé são tão simples que não é necessário um livro exaustivo, de Ellen
G. White, para expô-las. O assunto impregna muitos de seus livros,
com excelentes ilustrações assomando aqui e ali. Ela publicou um
opúsculo em 1893, intitulado “Justificados Pela Fé”. Isto se encontra
na seção de cinqüenta páginas de
Mensagens Escolhidas,
livro 1,
intitulada “Cristo, Justiça Nossa”. Recomendamos a leitura de toda
a seção.
A experiência de habitar na calidez da aceitação da justiça de
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Cristo pode ser desfrutada hoje e perdida amanhã, por descuido
ou presunção. É uma experiência pessoal de simples aceitação e
confiança, e pode ser um tanto frágil. Pode ser obscurecida por meio
de discussões sobre delicados pontos teológicos. Ellen G. White
comentou:
“Muitos cometem o erro de procurar definir minuciosamente os
delicados pontos de distinção entre a justificação e a santificação.