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Fé e Obras
Homens não convertidos têm ocupado o púlpito sermoneando.
Seu próprio coração nunca experimentou, por meio de viva, apegada
e confiante fé, a agradável evidência do perdão de seus pecados.
Como, então, podem eles pregar o amor, a simpatia, o perdão de
Deus para todos os pecados? Como podem dizer: “Olhai, e vivei”?
Olhando para a cruz do Calvário, sentireis o desejo de levar a cruz. O
Redentor do mundo esteve suspenso na cruz do Calvário. Contemplai
o Salvador do mundo, no qual habita corporalmente toda a plenitude
da Divindade. Pode alguém olhar e contemplar o sacrifício do amado
Filho de Deus, sem que seu coração seja enternecido e quebrantado,
pronto a entregar-se a Deus de coração e alma?
Seja este ponto plenamente estabelecido em todas as mentes:
Se aceitamos a Cristo como Redentor, precisamos aceitá-Lo como
Soberano. Não podemos ter certeza e perfeita confiança em Cristo
como nosso Salvador enquanto não O reconhecermos como nosso
Rei e formos obedientes a Seus mandamentos. Assim evidenciamos
nossa lealdade a Deus. Nossa fé tem, então, o timbre genuíno, pois
é uma fé operante. Ela opera pelo amor. Dizei isto de vosso coração:
“Senhor, creio que morreste para resgatar minha alma. Se deste tanto
valor à alma que chegaste a dar Tua vida pela minha, mostrar-me-ei
sensível. Entrego minha vida, com todas as suas possibilidades, em
toda a minha fraqueza, aos Teus cuidados.”
A vontade deve ser colocada em completa harmonia com a von-
tade de Deus. Quando isto é efetuado, não será repelido nenhum
raio de luz que incide sobre o coração e sobre os recessos da mente.
A alma não será obstruída pelo preconceito, chamando a luz trevas,
e as trevas luz. A luz do Céu é bem recebida, como luz que inunda
os recessos da alma. Isto é entoar melodias a Deus.
Crença e descrença
Quanto cremos de coração? Chegai-vos a Deus e Ele Se che-
gará a vós outros. Isto significa estar muito com o Senhor em ora-
ção. Quando os que se educaram no cepticismo e acalentaram a
descrença, entretecendo dúvidas em sua experiência, estão sob a
convicção do Espírito de Deus, reconhecem ser seu dever pessoal
confessar sua descrença. Abrem o coração para aceitar a luz que lhes
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foi enviada, e, pela fé, passam do pecado para a justiça, e da dúvida