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O Grande Conflito
de saco, finalizou-se em 1798. Aproximando-se elas do termo de
sua obra em obscuridade, deveria fazer guerra contra elas o poder
representado pela “besta que sobe do abismo.” Em muitas das nações
da Europa os poderes que governaram na Igreja e no Estado foram
durante séculos dirigidos por Satanás, por intermédio do papado.
Aqui, porém, se faz referência a uma nova manifestação do poder
satânico.
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Fora a política de Roma, sob profissão de reverência para com a
Bíblia, conservá-la encerrada numa língua desconhecida, ocultando-
a do povo. Sob seu domínio as testemunhas profetizaram “vestidas
de saco.” Mas um outro poder — a besta do abismo — deveria surgir
para fazer guerra aberta e declarada contra a Palavra de Deus.
A “grande cidade” em cujas ruas as testemunhas foram mortas,
e onde seus corpos mortos jazeram, é “espiritualmente” o Egito.
De todas as nações apresentadas na história bíblica, o Egito, de
maneira mais ousada, negou a existência do Deus vivo e resistiu aos
Seus preceitos. Nenhum monarca já se aventurou a rebelião mais
aberta e arrogante contra a autoridade do Céu do que o fez o rei do
Egito. Quando, em nome do Senhor, a mensagem lhe fora levada por
Moisés, Faraó orgulhosamente, respondeu: “Quem é o Senhor cuja
voz eu ouvirei, para deixar ir Israel? Não conheço o Senhor, nem
tão pouco deixarei ir Israel.”
Êxodo 5:2
. Isto é ateísmo; e a nação
representada pelo Egito daria expressão a uma negação idêntica
às reivindicações do Deus vivo, e manifestaria idêntico espírito de
incredulidade e desafio. A “grande cidade” é também comparada
“espiritualmente” com Sodoma. A corrupção de Sodoma na violação
da lei de Deus, manifestou-se especialmente na licenciosidade. E
este pecado também deveria ser característico preeminente da nação
que cumpriria as especificações deste texto.
Segundo as palavras do profeta, pois, um pouco antes do ano
1798, algum poder de origem e caráter satânico se levantaria para
fazer guerra à Escritura Sagrada. E na terra em que o testemunho das
duas testemunhas de Deus deveria assim ser silenciado, manifestar-
se-ia o ateísmo de Faraó e a licenciosidade de Sodoma.
Esta profecia teve exatíssimo e preciso cumprimento na história
da França. Durante a Revolução, em 1793, “o mundo pela primeira
vez ouviu uma assembléia de homens, nascidos e educados na civi-
lização, e assumindo o direito de governar uma das maiores nações
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